Você sabia que tocamos o rosto várias vezes dentro do período de apenas uma hora? Para se ter noção, um estudo de 2015 observou estudantes de medicina e mostrou que, por hora, eles tocavam o rosto 23 vezes e metade dos toques eram na boca, nariz ou olhos. Agora, imagina tocar o rosto enquanto carrega nas mãos um monte de vírus e bactérias vindos de objetos contaminantes?

Pois é. Além de ser pouco higiênico, pode resultar em diarreias, gripe, mononucleose, infecção estomacal, conjuntivite e dores de garganta, já que esses são justamente os caminhos que os vírus e bactérias usam para entrar no nosso organismo.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o simples ato de lavar as mãos frequentemente pode reduzir em 40% a possibilidade de contrair doenças como essas. Além disso, pouca gente sabe, mas no nosso dia a dia tocamos em objetos contaminantes que podem ser mais sujos que privadas. Confira abaixo o Top 7 e se surpreenda!

1. Celular

Carregamos eles para todos os lugares: cozinha, quarto, transporte público, carro, trabalho — tem gente que leva até para o banheiro. A capinha faz com que ele fique ainda mais fechado e escuro, o paraíso dos vírus e bactérias, tornando-o um dos campeões no ranking de objetos contaminados.

O resultado? Uma pesquisa realizada pela Devry Metrocamp, em Campinas (SP) identificou mais de 23 mil fungos e bactérias nos aparelhos. E tinha de tudo, até bolores, leveduras e coliformes fecais. Por isso, é importante higienizar o aparelho duas vezes por semana com álcool (isopropílico), além de lavar as mãos com frequência.

2. Dinheiro

As cédulas de dinheiro são compostas por algodão e linho, um combo muito propício para os micróbios. Um projeto da Universidade de Nova York revelou que uma cédula de dólar carrega pelo menos 3 mil tipos de bactérias e grande parte delas nem são conhecidas pela ciência. Quanto menor for o valor da nota, mais sujeira ela carrega, já que acaba circulando mais.

Por isso a necessidade de lavar as mãos sempre que pegar em dinheiro. Você nunca mais vai  pagar pelo seu churrasquinho de rua da mesma maneira, né?

3. Esponja de lavar louça

Só na pia da cozinha é possível encontrar cerca de 500 mil bactérias. A esponja, por ser úmida e cheia de restos de comida, acumula diversas delas, vindo parar no nosso Top 7 de objetos contaminantes. Um artigo da BBC aponta um estudo, publicado no Journal of Environmental Health, que mostra que é possível que uma esponja de cozinha possa conter 10 mil bactérias, inclusive bactérias fecais, vírus parasitas e esporos de bactérias.

Uma boa notícia é que com 2 minutos no micro-ondas em potência máxima, os pesquisadores viram que seria possível eliminar 99% dessas bactérias. A recomendação é colocar a esponja úmida, todos os dias, para que haja a limpeza. Mas atenção: elas não podem estar secas e não podem ter compostos metálicos.

Quando desinfetada todos os dias, ela ainda pode durar uma semana, mas é comum que as pessoas as utilizem por meses, transferindo bactérias para todos os utensílios que são lavados, inclusive sua xícara de café. Troque sua esponja frequentemente e a coloque sempre em um local seco para evitar a umidade que as bactérias adoram.

4. Teclado

O teclado é outro lugar em que nós encostamos o tempo todo, então não deveria ser uma surpresa ele estar entre os objetos contaminantes desta lista. Por entre as teclas costumam ficar alojadas as bactérias, ainda mais se você costuma comer na frente do computador. Um estudo realizado pela Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, mostrou que um teclado costuma ter, em média, 400 vezes mais bactérias do que os assentos de vasos sanitários. Quando falamos dos teclados compartilhados, o número é ainda maior.

A maioria dessas bactérias vem das nossas mãos, então, higienizá-las é o primeiro passo para evitar que elas se multipliquem. Além disso, a recomendação é limpar o teclado cerca de três vezes por semana.

5. Mouse

Ele também não escapa. Assim como o teclado, o mouse recebe as bactérias que vêm do ambiente e, principalmente, das nossas mãos. De acordo com o artigo publicado na Revista Médica de Minas Gerais, os materiais plásticos favorecem a permanência de bactérias patogênicas.

A higienização das mãos e a limpeza deste objeto são muito importantes para evitar o acúmulo dessas bactérias.

6. Controle remoto

Quando for assistir ao seu programa favorito na TV, perceba quantas vezes você utiliza o controle remoto e depois mexe em seu rosto. Quando estamos relaxados, muitas vezes sequer percebemos que isso acontece.

Não é à toa que um estudo da University of Virginia mostrou que o controle remoto é um dos principais propagadores de doenças em uma casa. No mínimo metade deles estão contaminados com germes e bactérias. A situação piora quando paramos para pensar que a maior parte das pessoas não têm o hábito de limpar esse objeto contaminante.

7. Escova de dentes

Você costuma dar descarga com vaso destampado? Temos uma péssima notícia: as bactérias e coliformes fecais podem estar na sua escova de dentes. Úmidas e com restos de comida dos nossos dentes, elas são outro objeto contaminante que encanta as bactérias e, ao dar descarga sem fechar a tampa, encontram a escova e por lá ficam.

Trocar a escova regularmente, não a guardar úmida em locais fechados e higienizá-la com frequência, além de fechar a tampa do vaso ao dar descarga, são algumas das formas de impedir que você acabe levando essas bactérias aos montes para a sua boca.

Não é preciso se desesperar

Ver tantas informações sobre objetos contaminantes pode assustar. Porém, a contaminação dos vírus e bactérias não acontece simplesmente ao encostarmos neles. Na verdade, nós vivemos entre eles diariamente. Ocorre que, se há uma superfície contaminada e então nós coçamos o olho, levamos a mão ao nariz ou a boca, eles encontram um caminho para entrar no nosso organismo.

Ao higienizar as mãos regularmente e manter os objetos limpos, as chances de contaminação são reduzidas drasticamente.

A contaminação por objetos tem sido muito discutida nos últimos tempos, por conta da COVID-19. De acordo com o CDC (Centro de Controle de Doenças), dos Estados Unidos, não é tão comum a contaminação por meio de superfícies justamente porque ela ocorre apenas quando a pessoa toca o local contaminado e em seguida toca na boca, nariz ou olhos.

Ocorre o mesmo com muitos vírus, embora outros consigam permanecer por mais tempo nos objetos. Sendo assim, é melhor prevenir e seguir o protocolo de higienização das mãos durante a pandemia e até depois dela também.

Inclusive, nós criamos a campanha “Esfregar as mãos é mais que sorte” para falar sobre a importância da higienização. Confira!

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