Uma boa noite de sono é realmente reparadora. Ela ajuda a restaurar os tecidos, auxilia no crescimento muscular, além do cérebro gerar e consolidar memórias, fazer conexões criativas e outras funções importantes para o corpo e para a mente. Mas o que fazer quando o sono não aparece e o descanso não é possível? Muita gente recorre aos remédios para dormir, mas será que essa opção é a mais adequada? Continue lendo e veja as informações que trouxemos sobre o tema!

Os perigos dos remédios para dormir

Substâncias são usadas para provocar sono há milênios, desde o ópio, até a morfina, os benzodiazepínicos, entre muitas outras.  Apesar das tentativas da indústria farmacêutica, não existem ainda medicamentos para induzir ao sono que não tenham efeitos colaterais e os riscos são muito grandes quando falamos sobre automedicação.

Quando a prescrição é realizada, o médico acompanha o tratamento e seus efeitos, incluindo as doses e períodos que eles devem ser tomados. Quando em longo prazo, também existe a necessidade de check-ups para verificar lesões hepáticas, problemas cardíacos, entre outras consequências.

Já na automedicação, não há supervisão, nem acompanhamento para interação com outros medicamentos, tornando-se um perigo para quem o utiliza. Além disso, alguns medicamentos como os de enjoo, por exemplo, às vezes são usados para provocar sonolência. Só que eles também podem causar problemas como a dependência ou mesmo agravamento de doenças preexistentes.

E a melatonina?

Recentemente, a ANVISA aprovou o uso da melatonina, também conhecida como “hormônio do sono”. Apesar do baixo risco de dependência e poder servir como ferramenta terapêutica, não existe uma diretriz indicando a melatonina como remédio para insônia. Sendo assim, ela não será indicada para todo mundo.

A melatonina é o hormônio produzido pelo corpo para provocar sonolência. Ela é produzida quando existe a ausência e luz, para preparar o organismo para o período noturno.

Só que, atualmente, temos a eletricidade e diversas telas que acabam alterando a secreção da melatonina. Por isso, antes de optar pelos remédios para dormir, ou mesmo pela reposição dessa substância, é indicado tentar adotar medidas para melhorar a qualidade do sono:

  • praticar atividades físicas regularmente;
  • criar uma rotina com horários para dormir e acordar;
  • evitar usar celulares, computadores e televisão antes de dormir;
  • evitar alimentos e bebidas estimulantes no fim da tarde e durante a noite.

A melatonina tem sido indicada para pacientes que tem o atraso das fases do sono e em outros casos muito específicos, mas sempre com orientação médica para evitar efeitos colaterais como náuseas, tonturas e dor de cabeça.

Os fitoterápicos, considerados por muitos como opções naturais e seguras, não têm evidências científicas que comprovem seu funcionamento, além de alguns deles poderem ter efeitos colaterais mais graves e até interferir ou reduzir na eficácia de outros medicamentos.

E agora, usar ou não usar?

Os distúrbios do sono podem impactar muito o dia a dia, causando dores de cabeça, mau humor, cansaço excessivo, problemas de memória e até doenças graves como diabetes, problemas cardiovasculares e danos ao controle do movimento do corpo.

Sendo assim, se você ou alguém que conhece tem tido problemas para dormir, é importante buscar um médico. Se houver a prescrição de remédios para dormir, é importante seguir todas as instruções que forem fornecidas e realizar o acompanhamento que for solicitado. Os medicamentos podem auxiliar e o médico analisa o caso individualmente, indicando a solução mais adequada.

Já o uso indiscriminado e sem supervisão de substâncias que provocam sono, sejam remédios para dormir ou não, é perigoso e pode causar mais prejuízos do que benefícios.

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