A obesidade infantil afeta milhões de crianças no Brasil. Esse dado é bem preocupante, uma vez que a obesidade pode prejudicar o desempenho escolar e aumentar o risco de doenças como hipertensão e diabetes.
A pandemia de Covid-19 fez com que a situação se agravasse ainda mais, por conta do sedentarismo e dos impactos na alimentação. Porém, tem ainda outro fator que não é muito abordado e que pode levar à obesidade: a saúde mental – mais especificamente a falta dela. Que tal saber mais sobre o tema? Continue a leitura!
Quais são as causas da obesidade infantil?
O sobrepeso ou a obesidade atinge mais de 340 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 19 anos no mundo. Ao contrário do que as pessoas costumam imaginar, ela não é só uma consequência de falta de vontade. Existem muitos fatores que podem levar uma pessoa a se tornar obesa, incluindo genética, problemas hormonais, inflamatórios e até efeitos colaterais de medicamentos.
Além disso, hoje temos uma mudança comportamental importante da sociedade. As crianças substituíram as brincadeiras ao ar livre por jogos eletrônicos e telas. Também aumentamos o consumo de alimentos ultraprocessados e processados, reduzindo a ingestão de alimentos saudáveis.
A mudança não é simples. As pessoas obesas não ficam satisfeitas com a mesma quantidade de comida que as pessoas consideradas com peso adequado e, quando elas emagrecem, o corpo entende que precisa poupar energia e acaba ganhando peso novamente.
Qual a relação entre obesidade infantil e saúde mental?
A obesidade pode ter como causa os fatores psicológicos e crianças também estão expostas a eles. Na pandemia, uma a cada quatro crianças teve sinais de ansiedade e depressão.
Em alguns casos, a comida pode se tornar uma fuga da realidade e, quanto mais a criança se sente mal, mais ela come. Em casos mais graves, pode ocorrer o transtorno da compulsão alimentar, que é quando a pessoa ingere uma grande quantidade de alimentos, sem ter apetite e quase sem mastigar, com o objetivo de se sentir menos ansioso.
A pessoa deprimida também tem como agravante o fato de geralmente não realizar atividades físicas e não ter motivação para pensar em uma alimentação saudável e equilibrada.
O inverso também pode acontecer: as crianças podem ter problemas psicológicos por conta da obesidade ou da pressão pelo emagrecimento. Prova disso são transtornos alimentares como:
- Anorexia nervosa – medo intenso de ganhar peso, com presença de distorção da imagem corporal, causando a perda excessiva de peso ideal para a altura, idade e estágio de desenvolvimento.
- Bulimia nervosa – compulsão alimentar, distúrbio de imagem corporal e comportamentos para compensar o ganho de peso.
Seja a obesidade causada por fatores psicológicos ou os problemas psicológicos sendo causados pela obesidade, é importante que a criança tenha o acompanhamento de um nutricionista e um terapeuta nutricional que possa ajudar a reestabelecer uma relação saudável com a comida.
Quais os riscos da obesidade em crianças e adolescentes?
Existem problemas sérios que podem ocorrer como consequência da obesidade em crianças e adolescentes. Além dos já conhecidos, como colesterol alto, hipertensão, diabetes, entre outros, esse público especificamente fica mais vulnerável a problemas como:
- síndrome metabólica;
- síndrome do ovário policístico;
- esteatose hepática não alcóolica;
- complicações ortopédicas;
- problemas sociais e emocionais.
Uma das maneiras de combater a obesidade infantil é dando o exemplo e levando para o prato alimentos mais saudáveis, naturais e menos calóricos. É exatamente disso que tratamos na campanha “O peso do exemplo”: