Após mais de dois anos enfrentando a pandemia do novo coronavírus, nos últimos meses, as notícias a respeito da varíola aumentaram; e, consequentemente, o mundo entrou em alerta temendo o novo vírus.

No dia 19 de julho, o Centro de Detecção e Controle de Doenças confirmou mais de 16 mil casos em 75 países. No Brasil, foram confirmados cerca de 600 casos até o dia 20 de julho. Mas será que há o risco de uma nova pandemia? Quais são os sintomas da doença? E os meios de transmissão?

A seguir, você confere tudo o que precisa saber!

Por que ela tem esse nome?

A varíola dos macacos é uma doença causada pelo vírus monkeypox, descoberto em macacos exportados da África para a Dinamarca (monkey = macaco; pox = varíola, em inglês).

Tempos depois, cientistas descobriram que os macacos não eram os principais hospedeiros da doença, ou seja, poderiam ser infectados pela doença tal qual os seres humanos, mas não são os responsáveis pela transmissão. Não se sabe exatamente qual animal mantém esse vírus na natureza, mas há suspeitas sobre roedores.

Sintomas e letalidade

Essa doença pode apresentar os seguintes sintomas:

• Febre
• Dor no corpo
• Dor de cabeça
• Lesões e erupções na pele (começam no rosto seguem para o tronco)

As taxas de letalidade ficam entre 1% e 10% (em casos mais graves em crianças e pessoas com imunidade comprometida).

Como acontece a transmissão?

O vírus monkeypox pode se espalhar para as pessoas em casos de contato físico com:

• Animais infectados (roedores e primatas)
• Pessoas que apresentem sintomas (principalmente contato com as erupções na pele e fluidos corporais, como a saliva)
• Roupas, lençóis, toalhas, talheres e pratos contaminados

A transmissão da mãe para o bebê através da placenta é possível. No entanto, não há evidência de contágio sexual do vírus.

Exames

Para a realização do exame laboratorial para detectar a doença, são coletadas amostras da lesão da pele da pessoa com suspeita da varíola dos macacos. O resultado costuma levar de um a três dias.

Tratamento

O tratamento para a varíola dos macacos não é específico. Ou seja, deve-se fazer acompanhamento médico do paciente e aguardar a recuperação que, em geral, ocorre em algumas semanas.

Corremos o risco de uma nova pandemia?

Em países das Áfricas Ocidental e Central, a varíola dos macacos é considerada endêmica (isso é, ocorre em território determinado e segue provocando novos casos).

Apesar de a maioria das contaminações recentes terem surgido na Europa e de ainda não haver explicação para isso, segundo a Organização Mundial da Saúde, o risco de uma pandemia de varíola dos macacos é moderado.

Quando comparada ao novo coronavírus, a varíola dos macacos:

• Tem forma de contágio mais difícil;
• Apresenta sintomas mais fáceis de identificar;
• É conhecida e estudada desde a década de 1950.

Atualizações

No dia 23 de julho, com o aumento significativo de casos em mais de 70 países, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência de saúde global para a varíola dos macacos. Isso significa que, embora não se trate de um surto, são necessários esforços coordenados de todas as nações para que seja possível controlar a doença. Essa atualização pode levar a um maior investimento em tratamentos e vacinas em todo o mundo.

No Brasil, o Ministério da Saúde incorporou, desde o dia 11 de julho, fluxos de notificação, diagnóstico, assistência e medidas de contenção e controle da doença, incluindo monitoramento de casos e análise do perfil epidemiológico das notificações, entre outras medidas.

Além disso, o Ministério informa que há testes disponíveis para toda a população que se enquadre em casos suspeitos, e o Brasil tem articulado com a OMS as tratativas para aquisição da vacina varíola dos macacos, de forma que o Programa Nacional de Imunizações (PNI) possa definir a estratégia de imunização para o Brasil.

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Atualizado em 25/07/2022.