Como funciona a fila para transplante de órgãos
Um doador de órgãos pode salvar até oito vidas, e a conscientização da sociedade sobre o tema é muito importante. Confira abaixo como funciona a fila para a transplante de órgãos, tecidos e medula óssea e torne-se um doador.
O Brasil é o segundo país no mundo que mais realiza transplantes de órgãos – inclusive, o número subiu 16% de 2022 para 2023. Até julho de 2024, foram realizados mais de 4 mil transplantes. No entanto, segundo o Ministério da Saúde, hoje há 43 mil pessoas na fila por um doador de órgãos.
Entenda como funciona a fila para transplante de órgãos
A fila para transplantes no Brasil é única, ou seja, vale tanto para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto para os da rede privada, organizada por estado ou região e monitorada pelo Sistema Nacional de Transplantes.
Para determinar a ordem da fila, são usados critérios técnicos como tipo sanguínea, compatibilidade de peso e altura, compatibilidade genética e critérios de gravidade para cada órgão a ser transplantado. Se os critérios técnicos forem equivalentes, o critério de desempate é a ordem de chegada. Ou seja, a ordem cronológica.
Situações que podem alterar a fila do transplante:
- Risco de morte
- Impossibilidade total de acesso para diálise (no caso de doentes renais)
- Insuficiência hepática aguda grave (para doentes do fígado)
- Necessidade de assistência circulatória (para pacientes cardiopatas); e rejeição de órgãos recentes transplantados
- Entre outros
Mitos sobre doação de órgãos e fila do transplante
É possível furar a fila?
De forma alguma. A disposição gratuita de tecidos, órgãos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento é permitida pela Lei nº 9434/1997 e regulamentada pelo Decreto nº 9175/2017, segundo os critérios de organização estabelecidos na Portaria de Consolidação nº 4.
Quem regulamenta, controla e monitora todo o processo de doação, captação e distribuição de órgãos, tecidos e células-tronco hematopoéticas para fins terapêuticos no Brasil é o Sistema Nacional de Transplantes (SNT), ligado ao Ministério da Saúde.
É esse o órgão que garante que não haja quaisquer privilégios ou intervenções externas na fila de transplantes. Ou seja, não é possível “furar a fila” do transplante.
É possível doar qualquer órgão?
A doação pode ser de:
- Órgãos: rim, fígado, coração, pâncreas e pulmão
- Tecidos: córnea, pele, ossos, válvulas cardíacas, cartilagem, medula óssea e sangue de cordão umbilical
Importante lembrar que a doação de órgãos como rim, parte do fígado ou da medula óssea pode ser feita em vida.
Os transplantes podem ser realizados sem autorização?
No Brasil, os transplantes só podem ser realizados com autorização da família. Por isso, converse com seus familiares em vida para declarar sua vontade de ser um doador de órgãos, além de reforçar a importância do ato e esclarecer a segurança durante todo o processo.
Os órgãos podem ser doados com o paciente vivo?
Com exceção de órgãos como rim, parte do fígado ou da medula óssea, a doação de órgãos e tecidos só pode ser feita após o diagnóstico de morte encefálica do paciente e de autorização dos familiares.
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Fonte: Secom.