O Aedes aegypti é pequeno, mas o estrago é grande. Prevenção é a solução!

Com meio centímetro de comprimento, o mosquitinho preto com listras brancas transmite dengue, zika e chikungunya. As fêmeas são as únicas que picam e sugam sangue, pois precisam dele para produzir ovos.

Elas podem picar mais de uma pessoa para o mesmo lote de ovos, infectando várias no mesmo dia. Além disso, uma única fêmea produz de 60 a 120 ovos em cada ciclo reprodutivo, podendo ter mais de três ciclos durante sua vida.

É hora de tomar as medidas necessárias

O boletim epidemiológico 42 (Volume 52) da Secretaria de Vigilância em Saúde mostrou que, no Brasil, de janeiro a novembro de 2021, ocorreram 494.992 casos prováveis de dengue, 91.226 de chikungunya e 5.710 de zika.

Com o verão e o período chuvoso, os casos tendem a aumentar. Para combater o problema, cada um de nós precisa fazer a sua parte.

Acabe com os focos de Aedes aegypti

Para se reproduzir, o Aedes aegypti precisa de água parada, mas fique atento: qualquer tampinha de garrafa já pode se tornar uma verdadeira maternidade para o mosquito. Portanto, siga essas dicas para acabar com os focos:

Feche bem a caixa d’água

Encha pratinhos e vasos de
planta com areia até a borda

Não jogue lixo em
terrenos baldios

Limpe as calhas e lajes para
que não entupam

Limpe ralos e canaletas externas

Tenha cuidado com plantas
que podem acumular água,
como bromélia e babosa

Deixe as garrafas sempre com
a boca para baixo

Limpe e adicione cloro em
piscinas e fontes decorativas

Limpe com escova ou bucha os
potes de água para animais

Vá além

• Viu que a área está sujeita à presença de mosquitos? Entre em contato com a secretaria de saúde do seu estado.
• Convoque os vizinhos para manter a vizinhança mais segura.
• Compartilhe informações (sempre de sites confiáveis)

E a pandemia?

Apesar de ter ocorrido uma queda no número de casos desde que a pandemia começou, a Fiocruz aponta a necessidade de manter as medidas preventivas, uma vez que fatores como a suspensão de visitas nas casas, receio de procurar os hospitais e até mesmo as similaridades dos sintomas de Covid-19 com os da dengue, zika e chikungunya podem levar a subnotificações.

Para não se confundir, confira agora as diferenças!

Zika Vírus

• “Vermelhidão” no corpo e coceira
• Febre baixa, muitas vezes não sentida
• Olhos vermelhos sem secreção
• Dor muscular e dor de cabeça
• Dores nas articulações

Chikungunya

• Febre
• Dores intensas nas articulações
• Dor nas costas e no corpo
• Dores de cabeça e de garganta
• Erupção avermelhada na pele
• Náuseas e vômitos
• Dor retro-ocular
• Calafrios
• Diarreia e/ou dor abdominal (manifestações do trato gastrointestinal são mais presentes em crianças)

Dengue

• Febre alta > 38.5ºC
• Dores musculares intensas
• Dor ao movimentar os olhos
• Mal-estar
• Falta de apetite
• Dor de cabeça
• Manchas vermelhas no corpo

Covid-19

• Febre
• Dor de cabeça
• Dor no corpo
• Cansaço
• Mal-estar
• Tosse
• Produção de escarro
• Dores no peito
• Falta de ar
• Alteração do olfato e paladar

Caso apresente os sintomas, não se automedique e procure auxílio médico. Os sintomas iniciais costumam ser leves e inespecíficos, por isso, é difícil saber qual a doença antes de passar por avaliação médica. É possível se infectar com dengue e depois Covid-19, e vice-versa. É possível também contrair as duas doenças ao mesmo tempo.

Perguntas que
não querem
calar

Todo ano são publicadas campanhas para combater a reprodução do Aedes e sempre surgem dúvidas dos mais diversos tipos. Reunimos as principais agora e respondemos para você!

  1. A dengue é contagiosa?

    Não. A única forma de transmissão da dengue é pela picada do mosquito infectado. Sendo assim, ela não é transmitida de pessoa para pessoa, nem pelo consumo de alimentos ou água.

  2. Qual é o ciclo de vida do Aedes aegypti?

    O ciclo de vida do Aedes aegypti é dividido em quatro etapas: ovo, larva, pupa e adulto. Quando depositados em água limpa e parada, os ovos se transformam em larvas em dois ou três dias. Depois, se transformam em pupa por 48 horas e, no final, se tornam mosquitos adultos. Eles podem viver por até 30 dias.

  3. Após retirar a água, os ovos morrem?

    Não. Os ovos são tão resistentes que podem sobreviver por até um ano em local seco. Assim que o local recebe água, em meia hora ele começa a se desenvolver. Ao encontrar um local com ovos, não o descarte em ralos ou outros locais com água, mas sim em terra.

  4. A dengue causa diarreia?

    Sim. Vômitos e diarreia podem ser observados por 2 a 6 dias.

  5. Por que só a fêmea do Aedes aegypti transmite as doenças?

    O mosquito do Aedes aegypti (tanto macho, como a fêmea) se alimentam de néctar, seiva e outras substâncias que têm açúcar. No entanto, a fêmea precisa de sangue para amadurecer os ovos. Ao picar para sugar o sangue, ele cospe saliva e é neste momento que as partículas de vírus são injetadas na corrente sanguínea.

  6. Todos as fêmeas transmitem vírus da dengue?

    Nem todo mosquito é infectado e infectante. Ele só se infecta quando suga o sangue de alguém doente e, 10 a 12 dias depois, se torna infectivo. Nem todos os mosquitos que picam alguém com o vírus da dengue conseguem sobreviver até o momento em que se tornam infectivos e podem, então, começar a transmitir a doença.

  7. Quais são as sequelas do chikungunya?

    Uma das principais sequelas do chikungunya é a dor intensa nas articulações. Ainda que a doença seja superada, ela pode durar até anos depois, além de causar dificuldade para movimentar membros e articulações. Também podem ocorrer danos no cérebro, dificultando a coordenação motora.

  8. Em caso de suspeita de dengue, o que não pode ingerir?

    A automedicação é arriscada em qualquer situação e, quando falamos da suspeita de dengue, o caso é ainda mais grave. Isso porque, dependendo do medicamento ingerido, aumentam as chances de sangramentos e hemorragias.

  9. O que é Prova do Laço?

    A Prova do Laço é um exame rápido feito para se ter um indicativo (diagnóstico) de arbovírus, como os da dengue, zika vírus e chikungunya. Ele também auxilia na avaliação das condições de saúde dos pacientes, orientando o melhor tipo de tratamento a ser realizado.

    A prova pode ser realizada em qualquer equipamento de saúde público ou privado e pode ser complementada com exames de teste rápido (NS1), sorologia para dengue e hemograma.

Nesse verão, lembre-se tamanho não é documento

Não subestime o mosquitinho.
Compartilhe essas informações e ajude a combater os focos do Aedes aegypiti!