A cirurgia bariátrica está diretamente ligada à obesidade – uma das doenças modernas mais preocupantes do mundo. Possível causa de doenças como, diabetes, hipertensão arterial, complicações cardiovasculares e até mesmo alguns tipos de câncer, é uma condição que merece muita atenção e precisa ser evitada ao longo da vida.
Por isso, esse tipo de procedimento, conhecido também como cirurgia para redução de estômago, tem sido cada vez mais procurado. Mas o que é a cirurgia bariátrica? Você tem pensado nesse procedimento? Será que ela é mesmo a melhor solução para o seu caso? Confira nos tópicos a seguir!
A obesidade é uma doença?
Segundo o Ministério da Saúde, a obesidade ataca 1 em cada 5 brasileiros, sendo que nas capitais do país, metade da população está acima do peso. E para considerar que alguém está acima do peso, uma pessoa deve estar com seu IMC (Índice de Massa Corporal) acima de 25, sendo que, com o IMC acima de 30, ela já é considerada obesa.
O IMC leva em consideração a fórmula peso/altura x altura, sendo um cálculo válido para pessoas em situação saudável.
Para evitar os riscos da obesidade, é fundamental manter uma dieta equilibrada com frutas, legumes e verduras, além de praticar, em média, 150 minutos de atividades físicas moderadas por semana.
Como funciona a cirurgia bariátrica
A cirurgia bariátrica pode ser feita em 4 tipos de procedimentos, que têm em comum o objetivo de reduzir o estômago do paciente.
Nela, são realizadas incisões no abdômen para que uma determinada parte do estômago seja grampeada, diminuindo a capacidade de acumular alimentos e aumentando a sensação de rápida saciedade do indivíduo.
Quais os tipos de cirurgia bariátrica?
No Brasil, o Conselho Federal de Medicina regula 4 tipos de cirurgias bariátricas:
By-pass gástrico
É o procedimento mais popular no país – 75% das operações são nessa modalidade. A cirurgia atua diminuindo em 10% a capacidade do estômago. Com isso, o hormônio grelina, que gera fome, é diminuído. Por outro lado, são estimulados hormônios que proporcionam sensação de saciedade.
Vantagem do by-pass gástrico: diminuição do apetite sem que seja causada diarreia ou desnutrição. Além disso, é o tipo de cirurgia bariátrica com recuperação mais rápida.
Gastrectomia vertical
Tem como procedimento reduzir de 70 a 85% do estômago, deixando-o parecido com um tubo. Com esse tipo de cirurgia bariátrica, também há diminuição na produção do hormônio grelina.
Vantagens da gastrectomia vertical: caso não seja realizado com sucesso, o procedimento pode ser revertido para by-pass gástrico.
Banda gástrica ajustável
É um procedimento que utiliza um anel de silicone para restringir a capacidade do estômago. Por ter menor eficácia, é um tipo de cirurgia bariátrica raramente utilizado.
Vantagens da banda gástrica ajustável: é um procedimento reversível e pouco invasivo. Contudo, há risco de rejeição do anel de silicone por parte do organismo, além de não diminuir a compulsão do paciente por doces e outros alimentos.
Duodenal switch
É indicado para pessoas com obesidade mórbida. Nesse tipo de cirurgia bariátrica, é retirado 60% do estômago, sendo poderosa para a rápida perda de peso.
Vantagens do duodenal switch: ajuda rapidamente no problema de saúde de quem sofre com obesidade mórbida. Contudo, pode significar a perda da absorção de nutrientes e requer maior atenção no acompanhamento médico.
Quem deve fazer cirurgia bariátrica?
Os tipos de cirurgia bariátrica são indicados para pessoas que têm obesidade acima do grau II, ou seja, com IMC acima de 35.
Além disso, o procedimento deve ser realizado apenas após esgotadas as tentativas de mudanças de hábitos, como adotar dietas mais equilibradas e praticar exercícios físicos regularmente.
Quanto à idade, a cirurgia bariátrica é indicada para pessoas entre os 16 e 65 anos. Para menores de 16 anos, o procedimento é indicado apenas para situações específicas em que a obesidade comprometa a vida do paciente.
Quem não pode fazer cirurgia bariátrica?
Além de exigir acompanhamento e liberação específica de especialistas, a cirurgia bariátrica não é indicada para os seguintes perfis:
- Pacientes com transtornos psiquiátricos;
- Alcoólatras;
- Doentes cardíacos;
- Doentes pulmonares;
- Pacientes com inflamação no trato digestivo;
- Portadores da síndrome de Cushing.
É possível engordar depois da cirurgia para redução de estômago?
Sim, é possível. Especialistas indicam que nos 18 meses após a cirurgia, o paciente ainda está motivado a praticar atividades físicas regulares e manter alimentação equilibrada com frutas, legumes e verduras – assim como evitar alimentos gordurosos.
Depois desse período, o peso fica estabilizado, mas o apetite pode aumentar e o foco na dieta, diminuir. É nesse período que a compulsão alimentar deve ser evitada para que a obesidade não volte.
Para quem tem medo de voltar a engordar, sempre vale a pena manter a atenção em uma vida mais saudável com práticas de esportes, dieta equilibrada e acompanhamento médico rotineiro.
Para quem prefere evitar os esportes, vale a pena incorporar atividades físicas na rotina, como mostramos em nossa campanha contra a obesidade!
E então, entendeu o que é cirurgia bariátrica? Que tal começar a praticar atividades físicas no seu dia a dia para evitar o sedentarismo e a obesidade? Aproveite e confira também nosso artigo: Caminhada emagrece? Como começar?