Você já ouviu falar da campanha Junho Vermelho? Ela tem como objetivo dar mais visibilidade à doação de sangue e ocorre neste período, pois o inverno costuma desencorajar as pessoas a saírem de casa para realizar a doação. Este ano, ainda temos a pandemia de Covid-19, que fez com que as pessoas ficassem com medo de ir aos postos de coleta.
Já podemos adiantar que as doações estão ocorrendo normalmente, mas com protocolos de segurança para a sua proteção. Por isso, você pode ir doar sem medo! Além disso, separamos as principais informações sobre o tema. Informe-se e junte-se a essa causa tão importante!
Por que fazer a doação de sangue?
A maioria das pessoas acredita que as doações de sangue são necessárias apenas para casos de acidentes, mas, na verdade, elas são essenciais para que ocorram procedimentos e intervenções cirúrgicas, além de beneficiarem também pacientes com câncer e leucemia, além de pessoas com doenças crônicas, como a Talassemia e a Doença Falciforme.
Uma doação pode salvar até 4 vidas. Você também pode ser um herói, como mostramos no vídeo abaixo!
Quais os requisitos para realizar a doação?
Por questões de segurança, existem alguns requisitos para realizar a doação de sangue. De acordo com o Ministério da Saúde, são:
- Ter idade entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até os 60 anos (menores de 18 anos devem possuir consentimento formal do responsável legal);
- Pesar no mínimo 50 kg;
- Estar alimentado e não ingerir alimentos gordurosos antes da doação;
- Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas;
- Apresentar documento de identificação com foto emitido por órgão oficial (Carteira de Identidade, Carteira Nacional de Habilitação, Carteira de Trabalho, Passaporte, Registro Nacional de Estrangeiro, Certificado de Reservista e Carteira Profissional emitida por classe ou documentos digitais com foto).
Além disso, é preciso fazer intervalos entre uma doação e outra. Para homens, o período é de 2 meses; e podem ser realizadas, no máximo, 4 doações no período de 1 ano. Já para mulheres, o período é de 3 meses, com o máximo de 3 doações de sangue no prazo de um ano.
Quais os impedimentos?
Existem alguns fatores que podem impedir a realização da doação. Alguns são temporários e outros são definitivos.
Impedimentos temporários
- Gripe, resfriado e febre: aguardar 7 dias após o desaparecimento dos sintomas;
- Período gestacional;
- Período pós-gravidez: 90 dias para parto normal e 180 dias para cesariana;
- Amamentação: até 12 meses após o parto;
- Ingestão de bebida alcoólica (aguardar 12 horas após o consumo);
- Exames/procedimentos com utilização de endoscópio nos últimos 6 meses;
- Vacina da febre amarela ou sarampo: aguardar 4 semanas após a vacinação;
- Tratamento dentário cirúrgico (como extração, tratamento de canal): 7 dias após o procedimento e/ou suspensão dos medicamentos.
Uma dúvida muito comum é com relação à doação de sangue após a realização de tatuagens. De acordo com o Ministério da Saúde:
“As pessoas que fizeram tatuagem precisam esperar um ano para doar sangue novamente. Porém, em alguns serviços de coleta de sangue, pela capacidade de avaliação das condições de realização destes procedimentos na região/município, o período de inaptidão é de 6 meses. Para mais informações, procure o hemocentro mais próximo.”
Impedimentos definitivos
- Ter passado por um quadro de hepatite após os 11 anos de idade;
- Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue: hepatites B e C, Aids (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV 1 e 2 e doença de Chagas;
- Uso de drogas ilícitas injetáveis.
Doação de sangue e Covid-19
A ANVISA e o Ministério da Saúde atualizaram as informações da Nota Técnica 13/2020 editada pela Coordenação Geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério e ressaltaram que, além das restrições já conhecidas, algumas foram incluídas por conta da circulação do novo coronavírus. Estão impedidos de doar:
- Candidatos à doação de sangue que tenham se deslocado ou que sejam procedentes de países com casos autóctones confirmados de infecções pelo SARSCoV2 deverão ser considerados inaptos por 14 dias após o retorno destes países. Para este critério, considerar as informações disponibilizadas pelo Ministério da Saúde;
- Candidatos à doação de sangue que foram infectados pelos vírus SARSCoV2 após diagnóstico clínico e/ou laboratorial deverão ser considerados inaptos por um período de 30 dias após a completa recuperação (assintomáticos e sem sequelas que contraindiquem a doação);
- Candidatos à doação de sangue que tiveram contato, nos últimos 30 dias, com pessoas que apresentaram diagnóstico clínico e/ou laboratorial de infecções pelo vírus SARSCoV2 deverão ser considerados inaptos pelo período de 14 dias após o último contato com essas pessoas;
- Candidatos à doação de sangue que permaneceram em isolamento voluntário ou indicado por equipe médica, devido a sintomas de possível infecção pelo SARSCoV2, deverão ser considerados inaptos pelo período que durar o isolamento (no mínimo 14 dias) se estiverem assintomáticos.
No documento também constam informações sobre o período de inaptidão de doação de sangue de acordo com as vacinas, que também estão no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 do Brasil:
- CORONAVAC (Sinovac/Butantan): 48 horas
- ChAdOx1 nCoV-19(AZD1222) – Covishield (Astrazeneca/Oxford/ Fiocruz): 7 dias
- BNT 162 (BioNTech/Fosun Pharma/Pfizer): 7 dias
- Cov2.S (Janssen-Cilag): 7 dias
- Sputnik V (Gamaleya National Center): 7 dias
- Covaxin (Bharat Biotech): 48 horas
- mRNA-1273 (Moderna/Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas): 7 dias
O documento informa que as medidas são preventivas, uma vez que não existe evidência, até o momento, de transmissão transfusional do vírus.
Além disso, por conta do início da vacinação contra Covid-19, a Anvisa publicou a Nota Técnica 12/21 com orientações a respeito da doação de sangue dos candidatos vacinados. Confira o documento completo.
Como funciona o processo de doação de sangue?
O processo começa com a pré-triagem, em que são coletados dados físicos como pressão arterial, altura e peso, além de um teste para detecção de anemia. Depois, inicia-se a triagem clínica, em que são respondidas questões sobre estado de saúde, uso de medicação, hábitos de vida, alimentação, entre outras informações.
É importante que as perguntas sejam respondidas com sinceridade, evitando que sejam transmitidas doenças para os pacientes. Além disso, o sangue passa por um período de produção e modificação de hemocomponentes, exames de qualificação e, só depois de ser considerado seguro é que passa para as etapas de conservação e dispensação.
O processo é muito rígido e, em casos de alterações, os componentes não são utilizados. É seguro para quem doa e para quem recebe o sangue.
Onde realizar a doação de sangue?
Existem diversos postos de coleta de sangue no Brasil. É importante entrar em contato para saber quais são os procedimentos adotados durante a pandemia. Em São Paulo, a Fundação Pró-Sangue está disponibilizando o agendamento online, confira mais informações e endereços dos postos de coleta.
São mais de 32 hemocentros públicos no Brasil. O Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME) conta com uma lista de hemocentros no Brasil e a ferramenta pode te ajudar a localizar o mais próximo à sua região.
Com todas essas informações, agora você está munido para realizar a sua doação de sangue com segurança. Procure o hemocentro mais próximo e faça a diferença!
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