Já imaginou um
carro do futuro
com rodas
de pedra?

Carros autônomos, inteligência artificial, energia limpa… Esse é o futuro que esperamos. Desde o século XVIII, as vacinas evitam doenças e contribuem para o desenvolvimento da humanidade. E esse progresso precisa continuar. Para não perder a carona para o futuro, convidamos você para uma viagem pelo tempo que explica a origem, o desenvolvimento e, principalmente, a importância da vacinação para a saúde de todas as pessoas.

A ORIGEM
DOS IMUNIZANTES

Embora o assunto seja mais atual do que nunca, devido à pandemia da covid-19, a história das vacinas começa no século XVIII. Na época, a varíola matava mais de 400 mil pessoas por ano no mundo e, em 1789, o médico britânico Edward Jenner desenvolveu o primeiro imunizante do mundo.

Isso aconteceu depois de Jenner notar que, em sua cidade, as pessoas que ordenhavam vacas e que haviam contraído a versão bovina da varíola não contraíam a varíola humana. A partir dessa observação, ele inseriu, em uma criança saudável o vírus do pus da mão de uma ordenhadora contaminada.

Resultado: o menino acabou contraindo a doença, mas de forma branda. E, depois, ficou curado.

O passo seguinte foi inserir, na mesma criança, um líquido de uma ferida vinda da varíola humana. Ele também não contraiu a doença. A vacina estava desenvolvida e, dois séculos depois, a varíola foi erradicada.

No Brasil, a maior figura no cenário da imunização brasileira foi o médico sanitarista Oswaldo Cruz. Além de ser o responsável por campanhas que erradicaram a febre amarela do Rio de Janeiro, ele esteve à frente da campanha de vacinação obrigatória contra a varíola.

A falta de informação a respeito da imunização em massa desencadeou a Revolta da Vacina, em 1904, e mesmo após a queda da obrigatoriedade, a varíola também foi erradicada no Brasil.

Fonte: Fiocruz

AS VACINAS
NO PRESENTE

Afinal, como as vacinas funcionam?

Quando um vírus “invade” nosso organismo pela primeira vez, o sistema imunológico passa a produzir anticorpos específicos para combatê-los. O problema é que essa reação leva um tempo e, nesse interim, nós ficamos doentes.

A função da vacina é antecipar essa invasão. Ou seja, elas invadem nosso corpo para estimular a produção de anticorpos antecipadamente de forma amena e segura. Assim, se e quando o contato real com o vírus acontecer, o corpo já terá desenvolvido maneiras de combatê-lo.

Fonte: Butantan

CALENDÁRIO NACIONAL
DE VACINAÇÃO

Nos últimos séculos, foram desenvolvidas dezenas de imunizantes, que podem garantir a vida ou evitar sequelas graves causadas por diversas doenças. O Programa Nacional de Imunizações do Brasil é um dos maiores do mundo e oferece vacinas para todas as faixas-etárias, incluindo (além da mais recente, contra a covid-19):

  • BCG
  • Hepatite A
  • Hepatite B
  • Penta (DTP/Hib/Hep. B)
  • Pneumocócica 10 valente
  • Vacina Inativada Poliomielite (VIP)
  • Vacina Oral Poliomielite (VOP)
  • Vacina Rotavírus Humano (VRH)
  • Meningocócica C (conjugada)
  • Febre amarela
  • Tríplice viral
  • Tetraviral
  • DTP (tríplice bacteriana)
  • Varicela
  • HPV quadrivalente
  • dT (dupla adulto)
  • dTpa (DTP adulto)
  • Menigocócica ACWY

Para saber quando deve ser aplicado cada imunizante, acesse o Calendário Nacional de Vacinação para crianças, adultos e idosos.

DADOS
ALARMANTES

Apesar da alta adesão dos brasileiros à vacina, nos últimos anos, o número de imunizados vem baixando drasticamente no Brasil. Dados recentes do Ministério da Saúde apontam que a cobertura vacinal caiu de 73% (em 2019) para 59% (em 2021), sendo que o patamar ideal é de 95%.

O sarampo, que já havia sido erradicado em 2016, não está mais sob controle e voltou a se espalhar pelo país desde 2019. No mesmo caminho, a vacina contra a poliomielite (paralisia infantil), que atingiu 98% do público-alvo em 2015, chegou a menos de 70% em 2021.

Entre os motivos, estão a falta de disponibilidade em algumas regiões e a pandemia de covid-19, que exigiu isolamento social em todo o mundo, mas também notícias falsas que vinculam vacinação a mortes ou doenças. Por isso, mais do que nunca, é preciso que toda a sociedade relembre a importância da imunização e combata as fake news.

É importante lembrar que, de acordo com a Lei nº 8.069 (do Estatuto da Criança e do Adolescente), nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias, a vacinação das crianças é obrigatória.

Fonte: Fiocruz

TIRE
SUAS DÚVIDAS

Informação de qualidade salva muitas vidas. Por isso, confira algumas dúvidas frequentes a respeito das vacinas e compartilhe com quem você conhece!

O QUE
ESPERAR DO
FUTURO DA
IMUNIZAÇÃO

O desenvolvimento recente da vacina contra o coronavírus, além de todo o caminho trilhado até aqui, nos dá fortes indícios de que a evolução da ciência e da medicina poderão garantir imunizantes cada vez mais eficazes e seguros.

Além de testes em andamento para vacinas contra doenças como a Aids (vírus do HIV) e até atrasar os efeitos do Alzeheimer, hoje, existem estudos que buscam não só proteger as pessoas contra as formas graves de doenças como a covid-19, mas de impedir que elas sejam infectadas.

O caminho para novas descobertas ainda segue longo, mas uma coisa é certa: a imunização coletiva seguirá uma importante missão de todos nós!

SEMANA MUNDIAL
DA IMUNIZAÇÃO

de 24 a 30/04

Responsável técnico: Dr. Sérgio Hércules – CRM 61.605