Tem aquela que diz não ter tempo para se cuidar; outra que se acha tão saudável a ponto de não precisar se preocupar; a moça que acha o exame dolorido; tem a mãe, que se cuida pensando na família e na falta que sua ausência faria… Enfim, esses são só alguns dos cenários.
Algumas acabam virando sinônimo de luta, superação e até de sorte. Mas também há aquelas que exemplificam o descuido que tira a vida de milhares de brasileiras todos os anos. Afinal, quando diagnosticado precocemente, as chances de cura podem chegar a 95%, mas ainda assim é o câncer que mais mata mulheres no país.
E você, qual exemplo vai ser para as pessoas próximas a você?
Não há uma causa única. Fatores hormonais, ambientais, comportamentais e genéticos aumentam ou diminuem o risco de desenvolver a doença. O risco cresce conforme a idade, sendo maior a partir dos 50 anos. Alguns tipos de câncer de mama evoluem rapidamente; outros, não. A maioria dos casos tem boa resposta ao tratamento, principalmente quando diagnosticado no início.
Recomenda-se que mulheres de 50 a 69 anos façam uma mamografia de rastreamento a cada dois anos, mesmo sem terem notado alterações nas mamas. O exame é capaz de mostrar alterações suspeitas antes mesmo de o tumor ser palpável. Entretanto, a confirmação do câncer de mama só é feita pelo exame histopatológico (análise no laboratório de uma pequena parte retirada da lesão por meio de biópsia).
Antes da menopausa, as mamas são mais densas e a mamografia de rastreamento não é indicada, pois gera resultados incorretos. Entretanto, o autoexame e a ultrassonografia são essenciais. Fale com seu médico para saber a frequência necessária do ultrassom para o seu caso. Em relação ao autoexame, é importante que você o faça sempre que se sentir confortável e segura. Assim, você conhece melhor seu corpo e aprende a identificar qualquer alteração.
Não mais. Essa mudança surgiu do fato de que, na prática, muitas mulheres descobrem a doença a partir da observação casual de alterações mamárias e não por meio de uma prática sistemática de se autoexaminar, com método e periodicidade definidos.
Por isso é tão importante conhecer seu próprio corpo.
• Caroço (nódulo) fixo, geralmente indolor
• Pele da mama vermelha ou parecida com casca de laranja
• Alterações no bico do peito
• Saída espontânea de líquido de um dos mamilos
• Pequenos nódulos no pescoço ou nas axilas
Negativo. O risco é menor, mas não são poucos os casos. Mulheres que tenham mãe, irmã ou mesmo filha com histórico de câncer de mama ou ovário antes dos 50 anos devem conversar com o médico para avaliar seu risco e decidir a conduta a seguir. Há muitas variáveis e cada caso é um caso. Só seu médico pode identificar o seu.
A prevenção do câncer de mama não é totalmente possível em função da multiplicidade de fatores relacionados ao surgimento da doença. De modo geral, estima-se que por meio da alimentação, nutrição e atividade física é possível reduzir em até 28% o risco de desenvolver o câncer.