A peça-chave é você

Flores, chocolates, presentes cor-de-rosa… Foi-se o tempo em que as homenagens ao Dia Internacional da Mulher se resumiam a clichês que reforçavam um perfil frágil que raramente condiz com a realidade.

Ainda são muitos os obstáculos que enfrentamos, mas as mulheres mostram, a cada dia, que nossa força é incomparável, e que o xeque-mate pela igualdade e pelo reconhecimento está cada vez mais próximo!

Quase metade dos lares brasileiros são sustentados por mulheres

Se você lê o termo “chefe de família” e logo pensa em um homem, é bom reconsiderar. Segundo o Ipea, o percentual de domicílios brasileiros comandados por mulheres foi de 25%, em 1995, para 45% em 2018.

Os motivos principais? O aumento da presença feminina no mercado de trabalho e a crise econômica dos últimos anos, que contribuíram para o desemprego dos parceiros e ascensão das mulheres como provedora principal.

Além de manter a estrutura familiar, conquistar independência financeira torna as mulheres cada vez menos vulneráveis em nosso contexto social.

Mulheres se consultam mais com médicos do que homens

Mesmo com dificuldades para encontrar tempo ou até problemas do acesso aos sistemas de saúde, em 2019, a proporção de mulheres que consultou um médico foi superior à dos homens: 82% versus 69%. E esse número cresce ainda mais quando as mulheres têm mais recursos financeiros para cuidar da própria saúde, chegando a até 89%.

Visitas ao ginecologista já são rotina na vida da maioria das mulheres, geralmente seguidas de exames preventivos solicitados pelo médico, como Papanicolau ou mamografia. Mas esse comportamento pode e deve ser estendido para outras especialidades e, principalmente, para os homens!

Prevenção é sempre o melhor caminho, e as mulheres estão liderando essa rota. É só mantermos as consultas e exames sempre em dia, certo?

A participação de mulheres em cargos de chefia aumentou

Temos um longo caminho a percorrer, é verdade, mas dados da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) mostram que mulheres de 30 a 49 anos ocupando cargos de diretoria aumentaram de 31,9%, em 2003, para 42,4%, em 2017.

Representamos mais da metade dos trabalhadores brasileiros (51,7%), e a busca por igualdade nas lideranças não é apenas uma questão de representatividade. Segundo a consultoria McKinsey, no Brasil, aumentar o protagonismo da mulher no mercado de trabalho e em cargos de liderança tem o potencial de injetar US$ 410 bilhões no PIB global até 2025.

A notícia boa é que a inclusão de mulheres na liderança é uma prioridade para CEOs de grandes empresas: 68% afirmaram ter lideranças formais para a promoção da igualdade de gênero. O futuro é promissor!

Quebra de padrões de beleza aumenta autoestima das mulheres

Apesar de séculos convivendo com estereótipos e padrões de beleza inatingíveis, já é possível observar uma mudança interessante na representação das mulheres pela moda, publicidade, cinema e, mais recentemente, na internet.

O movimento body positive, que surgiu nos últimos anos, foi impulsionado pela força das redes sociais e defende a ideia de que nossos corpos são diferentes – e todos eles merecem ser tratados com amor e respeito.

Em vez de dietas perigosas, cirurgias plásticas, insatisfação e baixa autoestima, passamos a celebrar diferentes idades, traços, tamanhos, etnias, cores e tipos de cabelo, estilo etc. E uma pesquisa dos Estados Unidos revelou que essa positividade está melhorando a aceitação do corpo de cada mulher. Afinal, a beleza é de todas!

Neste Mês das Mulheres, celebramos nosso papel e seguimos em busca de novas conquistas.

A peça-chave é você