Beber socialmente já é uma prática normalizada, mas nem todo mundo conhece, de fato, os efeitos do álcool no organismo. E, para beber com a moderação necessária, nada melhor do que conhecer as consequências dos drinks que parecem ser inofensivos. Além disso, alguns mitos também são muito comuns e causam desinformação por aí. Juntamos tudo isso e separamos X mitos e verdades sobre os efeitos do álcool. Continue a leitura e confira!

1. O consumo de álcool é mais perigoso para as mulheres

Verdade

A explicação é biológica. Acontece que as mulheres têm mais gordura retida no organismo e, com isso, o álcool permanece mais tempo na corrente sanguínea. Os órgãos ficam mais expostos aos efeitos nocivos e causam alterações no Sistema Nervoso Central mais rapidamente. Inclusive, as mulheres costumam apresentar doenças como a cirrose em média cinco anos antes dos homens.

2. Tudo bem beber muito, se for só no final de semana

Mito

Muita gente acredita que beber aos finais de semana está tudo bem, já que não influencia em outros âmbitos da vida, como o trabalho, por exemplo. No entanto, esse comportamento tem nome (beber pesado episódico) e tem consequências tão graves quanto as vivenciadas por alcóolatras.

O consumo exagerado por jovens ainda pode causar mudanças duradouras no cérebro, gerando tolerância ao álcool de modo que é necessário sempre mais para sentir o mesmo bem-estar.

3. O álcool se transforma em uma substância tóxica no organismo

Verdade

Nos primeiros dez minutos, o corpo transforma o álcool em acetaldeído e tenta retirá-lo o mais depressa possível, pois ele é tóxico. Quando o álcool é consumido em pouca quantidade, ele é modificado pelo aldeído-desidrogenase junto com a glutationa, se transformando em acetato, uma espécie de vinagre que não é tóxico.

Só que a quantidade de glutationa não é suficiente para ingestão de muitas doses de álcool, fazendo com que ele fique mais tempo no organismo e cause dor de cabeça, fadiga, náuseas, aumento da pressão arterial e até derrame.

4. Café e energético ajudam a “amenizar” os efeitos do álcool

Mito

Na verdade, substâncias estimulantes enganam o corpo, fazendo com que o indivíduo acredite até que consegue beber mais, quando na verdade, a lentidão e a falta de reflexos continuam presentes. Além disso, a sonolência é um aviso do corpo de que você já passou do ponto e a cafeína, presente nas duas bebidas, é diurética e pode desidratar ainda mais o organismo.

5. Comer antes de beber ajuda a reduzir os danos

Verdade

O álcool é absorvido, em sua maior parte, pelo intestino delgado. Quando o estômago está vazio, ele causa um pico elevado de concentração no sangue. Já quando a pessoa se alimentou antes, ele demora mais para ser absorvido e o pico de concentração é mais moderado, tornando-se menos tóxico.

6. Álcool corta o efeito do anticoncepcional

Mito

Não há uma relação direta entre álcool e redução da eficácia do anticoncepcional. Porém, o comprimido precisa ser absorvido integralmente e, quando a bebida é consumida em um período de menos de duas horas após a pílula pode ocorrer reação química, além do álcool dissolver o medicamento e interferir na absorção.

No entanto, nem sempre a falha compromete o ciclo todo, depende da quantidade de álcool e tipo de pílula. O efeito também pode ser comprometido em casos de vômito e diarreia, caso ocorram em menos de duas horas após tomar a pílula. É importante conversar com o profissional que realiza o acompanhamento para verificar os procedimentos, de acordo com o medicamento utilizado.

Viu quanta coisa é possível entender quando compreendemos os efeitos do álcool no organismo? A ressaca é apenas uma reação à desidratação e até um sinal de abstinência. Portanto, quando for beber, lembre deste artigo.

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