O aumento expressivo de casos da doença em 5 estados nos últimos meses alerta para a urgência pelas vacinas. Saiba mais e não deixe de imunizar as crianças!
Nos últimos meses, os estados de Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo vêm registrando aumento significativo de casos de meningite meningocócica. Só em São Paulo, foram registrados 5 casos entre 16 de julho a 15 de setembro, o que levanta a discussão a respeito dos cuidados contra a doença.
Entenda a seguir as causas e as formas de preveni-la.
O que é meningite?
A meningite se caracteriza pela infecção das meninges, membranas que recobrem o cérebro e a medula espinhal, que pode ser causada por micro-organismos, alergias a medicamentos, entre outros.
Há também as meningites virais e bacterianas que, segundo o Ministério da Saúde, são as mais graves, já que têm alto potencial de transmissão. A que mais se espalha pelo Brasil neste momento é a meningite meningocócica, causada pela bactéria meningogoco.
Transmissão da meningite
A meningite é transmitida por pequenas gotas de saliva da pessoa infectada que entram em contato com as mucosas do nariz ou da boca de alguém saudável. Ou seja, a transmissão se dá por meio de tosse, espirro ou secreções eliminadas pelo nariz e pela boca.
Sintomas
- Febre
- Dor de cabeça
- Rigidez de nuca
- Mal-estar
- Náusea
- Vômito
- Aumento da sensibilidade à luz
- Confusão mental
- Fadiga
- Mãos e pés frios
- Calafrios
- Dores severas ou dores nos músculos, articulações, peito ou abdômen (barriga)
- Respiração rápida
- Diarreia
- Manchas vermelhas pelo corpo
Em casos mais graves de meningite bacteriana, podem haver convulsões, delírio, tremores e coma.
Grupos vulneráveis
Os mais vulneráveis a esse aumento de casos são crianças, adolescentes e jovens adultos, além de mulheres grávidas e lactantes.
A importância das vacinas
A vacinação visa proteger a população contra doença, ampliar as coberturas vacinais e evitar a circulação da doença no país.
Os imunizantes contra a meningite bacteriana são disponibilizados pelo SUS, conforme o Programa Nacional de Imunização duas doses, aos 3 e aos 5 meses de idade e um reforço preferencialmente aos 12 meses de idade.
Com o recente aumento de casos, até junho de 2023, trabalhadores da área da saúde e adolescentes até 14 anos poderão tomar a dose de reforço em todo o Brasil.
Tratamento
Como são graves, as meningites bacterianas devem ser tratadas no hospital, com uso de antibióticos. Em caso de suspeita, o paciente deve ser levado imediatamente ao pronto atendimento.