A obesidade é um tema que tem ganhado cada vez mais destaque nas discussões sobre saúde pública no Brasil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), eam 2022, mais de 6,7 milhões de brasileiros foram identificados com essa condição de saúde. Dentre estes, 863.086 pessoas apresentavam obesidade mórbida, ou obesidade de grau III, um estágio particularmente grave da doença.

Mais do que uma preocupação com a estética, a obesidade é um desafio complexo, que vai muito além da questão do peso. Ela representa um fator de risco significativo para uma série de condições de saúde que podem ser tanto debilitantes quanto fatais.

Por isso, é fundamental compreendê-la não apenas como um problema individual, mas como uma doença crônica que requer prevenção e tratamento adequados, bem como o apoio social e médico. Continue a leitura e saiba mais!

O que é obesidade?

A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal a um ponto que pode afetar negativamente a saúde de uma pessoa. Geralmente, avalia-se através do Índice de Massa Corporal (IMC), que relaciona peso e altura para classificar os diferentes graus de obesidade.

Um IMC igual ou superior a 30 já indica obesidade, sinalizando que o indivíduo carrega um peso que pode ser prejudicial à sua saúde.

Graus de obesidade

  • Obesidade Grau 1 – com um IMC entre 30 e 34,9, este nível já eleva o risco de condições como diabetes tipo 2, hipertensão e doenças cardiovasculares.
  • Obesidade Grau 2 – definido por um IMC entre 35 e 39,9, aumenta significativamente os riscos para a saúde, incluindo apneia do sono, alguns tipos de câncer e doenças cardíacas.
  • Obesidade Grau 3 – também conhecido como obesidade mórbida, é diagnosticada com um IMC de 40 ou mais, elevando drasticamente o risco de problemas de saúde graves.

Causas

A obesidade é uma consequência de uma combinação complexa de fatores genéticos, ambientais, psicológicos e de estilo de vida. Porém, o motivo básico é o desequilíbrio entre as calorias consumidas e as calorias gastas.

Com a modernização, passamos a andar menos, subir e descer menos escadas, trabalhar sentados, e outros hábitos que nos levam ao sedentarismo. Além disso, a falta de tempo faz com que busquemos uma alimentação mais rápida que muitas vezes não é saudável. Tudo isso contribuiu para o aumento dos casos.

Impactos na saúde

A obesidade não afeta apenas nosso aspecto físico; ela também é um fator de risco para várias condições de saúde que podem nos deixar debilitados e até mesmo ameaçar nossa vida. Doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, certos tipos de câncer, problemas respiratórios e nas articulações são apenas algumas das complicações associadas ao excesso de peso.

Estima-se que até 2030, 68% dos brasileiros possam estar com excesso de peso, o que tem consequências não só para a saúde individual, mas também para a saúde pública, gerando um custo e sobrecarga significativos.

Prevenção e Tratamento

Prevenir o excesso de peso envolve adotar um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta equilibrada, exercícios regulares e, em alguns casos, orientação médica. Para aqueles que já lutam contra a obesidade, o tratamento pode incluir desde mudanças no estilo de vida e uso de medicamentos até intervenções cirúrgicas, como a cirurgia bariátrica, dependendo da gravidade da condição.

Embora muitos busquem soluções rápidas e fáceis, enfrentar a obesidade é um processo que requer apoio e compreensão. Profissionais de saúde, como médicos, nutricionistas e educadores físicos, podem oferecer um plano de tratamento personalizado e ajudar no caminho para uma vida mais saudável. Afinal, como diz o tema de nossa campanha: saúde não é mágica, é mudança!