Quer um exemplo? Ao se aproximarem de uma pessoa que atravessa a rua, 73% dos motoristas mantêm a velocidade ou aceleram. O fato é que o cérebro, guiado por características evolutivas da nossa espécie, reage às interações negativas do trânsito como se fossem ameaças mortais, vindas de inimigos.
Além disso, conduzir um carro oferece a sensação de poder. E como disse Abraham Lincoln, se quiser conhecer uma pessoa, dê poder a ela. Junte a essa mistura explosiva a quantidade de informações visuais que é preciso processar ao dirigir: cerca de 1300 a 45km/h. Pronto. Está feito o convite para a batalha.
Falando nisso…
Estamos
em guerra
E uma guerra sem sentido.
O Brasil é o 5º país com mais mortes no trânsito. Por ano, cerca de 35 mil pessoas morrem nas nossas vias. Esse número é mais assustador que o de muitas guerras. Para efeito de comparação, a guerra na Síria fez 20 mil vítimas fatais em 2018.
Mundialmente falando, os acidentes de trânsito estão entre as 10 principais causas de óbito. E são a principal causa de morte entre jovens de 19 a 25 anos. São cerca de 1,35 milhão de vítimas fatais por ano.
Diante desse cenário de terror, várias iniciativas (como o Maio Amarelo, mês voltado à conscientização) suplicam pela bandeira branca. Mas para se alcançar a paz é preciso evitar o que a torna inalcançável.
Algumas das principais causas
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Excesso de velocidade
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Álcool e direção
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Celular ao volante
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Falta de cinto de segurança
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Falta de capacete
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Manutenção inadequada
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Não utilização de seta
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Desrespeito ao farol vermelho
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Imprudência de pedestres
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Adormecimento
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Ultrapassagem indevida
Você Sabia?
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90% dos acidentes são causados por falha humana. Ou seja, só depende de nós. Não é clichê.
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Um estudo feito na Europa descobriu que placas de limite de velocidade fazem os motoristas correrem mais.
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Mulheres na direção batem menos do que homens dirigindo, isso porque são mais prudentes.
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Retas são mais perigosas do que curvas, pois elevam a confiança dos motoristas e diminuem seus níveis de concentração. Muitas estradas são projetadas com curvas justamente por isso.
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Carros velhos batem menos do que novos. O raciocínio é o mesmo usado no item acima. Um carro antigo diminui a confiança do motorista e exige maior cuidado.