As mães são as protagonistas do aleitamento,
mas contar com uma rede de apoio é determinante para o bem-estar e saúde dela e do bebê.
Isso faz com que a mãe se sinta segura e tenha condições de focar no que importa: a amamentação.
O Ministério da Saúde recomenda a amamentação até os dois anos de idade ou mais, e que nos primeiros 6 meses o bebê receba somente leite materno (aleitamento materno exclusivo), ou seja, sem necessidade de sucos, chás, água e outros alimentos.
A OMS estabeleceu como meta global de aleitamento materno exclusivo nos primeiros 6 meses de idade em pelo menos 50% até 2025. No Brasil, o percentual de crianças amamentadas exclusivamente é de 46%. Estamos perto e, com a ajuda de vários amigos do peito, vamos contribuir para o desenvolvimento saudável de milhões de bebês.
Vantagens do aleitamento materno
O leite materno possui todos os nutrientes de que a criança precisa para se desenvolver plenamente até os seis meses de vida. Ele é fonte de vitaminas, carboidratos, proteínas, gorduras, sais minerais e até água. Isso significa que, via de regra, o bebê só precisa do leite da mãe durante essa fase.
Como encarar os desafios
Embora seja “natural”, o aleitamento nem sempre é fácil, simples ou intuitivo como muitas vezes pode parecer. As cenas das mães serenas e sorridentes amamentando podem dar lugar a dúvidas e cansaço, além de dores físicas e emocionais.
É verdade que não devemos romantizar a amamentação. E também é verdade que a maioria das dificuldades são contornáveis e que cada mulher deve saber os seus limites. Para tomar decisões conscientes, além de acompanhamento médico, é importante ter acesso a informações confiáveis.
Conheça alguns dos principais desafios na hora de amamentar e algumas formas de encará-los.
Dificuldades
na “pega” do bebê
Existe um jeito certo de encaixar o bebê no mamilo na hora de amamentar, que garante uma amamentação mais tranquila e previne dor e desconforto para mãe e bebê.
Saiba como:
- Barriga e tronco do bebê ficam voltados para a mãe
- O nariz do bebê não encosta no seio para ele respirar livremente
- O queixo do bebê fica encostado no seio
- A boca alcança grande parte da aréola, não só o bico do seio
- Os lábios do bebê ficam virados para fora
- A bochecha enche quando o bebê suga o leite
Fissuras no mamilo
Lesões no tecido do mamilo causadas pela pressão realizada pelo bebê quando a pega ou a sucção do bebê é inadequada.
Como evitar:
- Tomar sol nos mamilos por 10 a 15 minutos para revigorar a pele e prevenir fissuras
- Garantir a pega correta do bebê
- Aplicar algumas gotas de leite materno no mamilo e aréola após o banho e a cada mamada
- Não utilizar sabonetes, cremes e pomadas na região
Leite empedrado
e mastite
Quando a mama não se esvazia completamente após o aleitamento, quando a pega no bebê não é feita corretamente ou quando a frequência da amamentação é baixa, o leite fica acumulado nos dutos mamários. Esse represamento torna o leite mais viscoso, dificulta a saída e pode causar o empedramento. Quando ele não é tratado da forma certa, pode causar inflamação da mama, a mastite. Os principais sintomas são dores, inchaço e endurecimento das mamas, além de febre e mal-estar geral. É importante consultar um médico para confirmar o diagnóstico e fazer o tratamento.
Como evitar:
- Beber cerca de 2 litros de água por dia
- Amamentar de acordo com a demanda do bebê
- Retirar o leite que está em excesso
- Fazer massagens e compressas frias nos seios
- Usar sutiãs com boa sustentação
Pouco leite ou leite “fraco”
Caminhos para estimular a produção de leite e melhorar o aleitamento
- Aumentar a frequência das mamadas
- Oferecer as duas mamas
- Massagear a mama durante as mamadas
- Retirar o leite que fica na mama após as mamadas
- Dar tempo para o bebê mamar bastante em um dos seios antes de trocar para o outro
- Ter uma dieta saudável
- Manter-se sempre hidratada
- Sempre que possível, descansar
Saúde mental
e amamentação
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Quem não amamenta também
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