A empatia é a chave para reconhecer as deficiências ocultas e construir um mundo mais inclusivo e acolhedor.
A invisibilidade não anula a validade
Sentir dores ao esperar em uma fila por muito tempo, encontrar dificuldades para se comunicar, ou sentir desconforto com luzes, sons e movimentos.
Essas são experiências que todos podemos ter de forma esporádica ao longo da vida. No entanto, para algumas pessoas, essas situações são uma realidade diária.
Agora, pense em passar por essas situações e ainda enfrentar olhares de julgamento, sendo impedido de receber ajuda, simplesmente porque as pessoas ao redor não compreendem que você convive com alguma dessas dificuldades. Isso é o que acontece com pessoas que têm deficiências ocultas.
E elas não
são poucas.
Você sabia que cerca de 1,3 bilhão de pessoas ao redor do mundo possui uma deficiência oculta?
No Brasil, os números são expressivos:
milhões
milhões
milhões
milhões
(Fonte: Pesquisa Nacional de Saúde – PNS, 2019)
Mas quais são as deficiências ocultas/invisíveis?
As deficiências ocultas, conhecidas como invisíveis, abrangem um vasto espectro de condições que não se tornam prontamente visíveis ao primeiro olhar.
Esse grupo inclui pessoas com
autismo, Alzheimer, surdez, deficiência intelectual, Doença de Crohn, retocolite ulcerativa e até mesmo aqueles que dependem de próteses e aparelhos, mas suas necessidades não são aparentes o tempo todo.
Essas pessoas merecem nosso apoio, acolhimento e prioridade em determinadas situações.
Mas se a deficiência é oculta, como perceber?
A pergunta de como reconhecer deficiências ocultas levou a uma iniciativa inspiradora em 2016, no Aeroporto de Gatwick, na Inglaterra.
Em busca de uma solução para que funcionários do aeroporto e outros passageiros pudessem oferecer apoio às pessoas com deficiências ocultas, uma colaboração crucial ocorreu. Chegou-se à conclusão de que um simples cordão poderia ser uma resposta eficiente.
Foi assim que surgiu o “Hidden Disabilities Sunflower” (HD Sunflower).
O sucesso dessa iniciativa reverberou em diversos países e instituições, inclusive no Brasil.
Em julho de 2023, o país sancionou a Lei nº 14.624, que trouxe alterações ao Estatuto da Pessoa com Deficiência, estabelecendo o uso do cordão de fita com desenhos de girassóis como meio de identificação das pessoas com deficiências ocultas.
Por que o
girassol?
Segundo a instituição responsável, o girassol foi escolhido por ser uma identificação discreta, visível à distância, alegre e dinâmica.
Além disso, sugere felicidade, positividade, força, crescimento e confiança, sendo universalmente reconhecido.
Quem pode usar o cordão de girassol?
É essencial compreender que o uso do cordão de girassol é voluntário. Ele representa uma forma de auxiliar aqueles que necessitam de apoio.
Quanto a quem pode utilizar o cordão, alguns aspectos ainda não estão completamente esclarecidos.
O site da HD Sunflower oferece uma lista de deficiências não visíveis, englobando condições de saúde e doenças crônicas. No entanto, é importante destacar que, de acordo com a legislação brasileira, o uso do cordão não dispensa a apresentação de um documento que comprove a deficiência caso solicitado por um atendente ou autoridade competente.
No Brasil, algumas condições, como TDAH e epilepsia, ainda não possuem reconhecimento oficial como deficiência. Contudo, o uso do cordão pode ser uma ferramenta valiosa para garantir que uma criança com TDAH receba o suporte adequado em um parque de diversões, ou que uma pessoa com epilepsia seja assistida de maneira apropriada.
Em situações em que as deficiências ocultas demandam assistência e suporte, o cordão de girassol pode fazer a diferença. Essa é uma ação relativamente nova, em constante evolução, e há muito a ser considerado.
Devemos continuar a promover o uso do cordão e aguardar os próximos passos nessa luta contínua pela inclusão, sensibilizando a sociedade para que todos possam participar plenamente, independentemente de suas lutas não visíveis.
Como agir quando identificar uma pessoa com cordão de girassol?
O cordão de girassol foi concebido originalmente para promover empatia entre as pessoas que prestam serviços e atendimento ao público.
Ele serve como um sinal de que a pessoa pode estar enfrentando desafios que requerem compreensão e, talvez, mais tempo nas lojas, no trabalho, no transporte ou em espaços públicos.
Ao identificar alguém usando o cordão de girassol, é importante agir com sensibilidade:
A empatia e a compreensão são as chaves para criar um ambiente inclusivo e acolhedor.
Ao agir com sensibilidade ao identificar o cordão de girassol, você estará contribuindo para um mundo onde todos são valorizados e respeitados, independentemente das dificuldades que enfrentam.
Outros símbolos importantes
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Agora, que você já compreende o que são as deficiências ocultas e como elas podem afetar o dia a dia das pessoas, convidamos você a se unir a nós na missão de disseminar essa importante mensagem.
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