A cura para o Mal de Parkinson e outras doenças neurológicas pode estar mais próxima, graças a uma recente descoberta dos pesquisadores do Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino (IDOR).

O Mal de Parkinson é uma doença degenerativa neurológica que é desenvolvida após a morte de células cerebrais em uma área onde é produzida a dopamina – um neurotransmissor com funções importantes ao corpo humano, como o controle dos movimentos musculares.

O que causa o Mal de Parkinson é ainda uma informação obscura à ciência médica. Essa doença atinge, principalmente, pessoas com mais de 65 anos, tendo aumento considerável de casos na faixa dos 70 anos.

Dados do Ministério da Saúde estimam que cerca de 200 mil brasileiros sofram com Parkinson. Como é uma doença silenciosa, é importantíssimo ter atenção aos principais sintomas para identificar possíveis sinais.

Quais os sintomas do mal de Parkinson

O que é mal de parkinson

Alguns sintomas da doença podem começar cerca de 10 a 15 anos antes das manifestações mais evidentes. Com a interrupção de produção da dopamina, há diminuição na capacidade do cérebro em orquestrar os movimentos do corpo e, assim, a coordenação motora é afetada.

Entre os principais sinais do Parkinson, estão:

  • Depressão e nervosismo
  • Incontinência urinária
  • Rigidez dos músculos
  • Falta de equilíbrio
  • Disfunção Erétil
  • Pressão baixa
  • Constipação
  • Tremores

Além disso, os neurocientistas têm observado sintomas menores, como perda de olfato, distúrbios de sono, modificação na postura, escrita tremida com letras pequenas e pouca expressão facial.

O Parkinson tem cura?

O Mal de Parkinson ainda não tem cura. Mas estudos recentes encontraram relações muito importantes em atividades de treinamento cerebral, com possíveis avanços no tratamento da doença. Simplificando, é como se a imaginação pudesse estimular a cura de doenças neurológicas.

O estudo liderado pelo neurocientista Theo Martins, do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), em companhia de pesquisadores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e publicado na respeitada revista cientifica NeuroImage, relatou uma técnica de treinamento cerebral que é capaz de modificar as conexões neurais.

Reunindo 36 voluntários, submetidos a exames de ressonância magnética, os neurocientistas captaram por meio de imagens as atividades do cérebro e apresentaram aos participantes, que por sua vez, deveriam fazer certos movimentos, como mexer as mãos, para que acompanhassem suas atividades cerebrais e aprendessem a treiná-las.

Em um segundo momento, os participantes deveriam ficar parados, mas imaginando que estavam executando a ação anterior.

Possíveis novidades sobre a cura do Parkinson

Ao longo do programa, as tentativas dos pesquisadores foram para identificar quando os voluntários estavam se mexendo ou parados. Houve leituras dos sinais neurais registrando que eles estavam se movimentando na maioria das vezes – quando na verdade só estavam pensando nisso.

Com o registro das imagens anteriores e após o treinamento, os pesquisadores conseguiram medir a comunicação e as conexões entre as áreas cerebrais para observar as redes neurais afetadas.

Na comparação, houve a percepção de que o corpo caloso (principal comunicação entre os hemisférios direito e esquerdo) ficou mais robusto, além de melhora na comunicação entre as áreas. Os pesquisadores dizem que é como se todo o sistema ficasse fortalecido.

A rapidez com a qual o cérebro se modificou – cerca de uma hora – foi uma surpresa. Agora os neurocientistas esperam utilizar essa capacidade de adaptação para promover a recuperação da função motora em pacientes com AVC, Parkinson e até mesmo a depressão. Ou seja, a expectativa é de fazer com que os pacientes consigam treinar a imaginação a tal ponto de fazer com que o cérebro a recrie a capacidade de realizar os movimentos perdidos.

Sobre essa esperança, a médica radiologista Fernanda Tovar Moll, presidente do Instituto de Pesquisa e Ensino D’Or, explica: “Ainda falta muito para chegarmos aos protocolos específicos. Quanto mais entendermos os mecanismos, mais terapias podemos desenvolver”.

Essa pode ser uma importante descoberta que nos aproxima da possível cura para o Parkinson, uma forte esperança para os pacientes e familiares.

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