O câncer de pele tem sintomas que podem ser percebidos visivelmente e, quanto antes for iniciado o tratamento, maiores são as chances de cura.

 

O câncer de pele é uma doença causada pelo crescimento anormal e sem controle das células que compõem a pele, formando camadas. Conforme a camada é afetada, é definido o tipo de câncer de pele detectado. Mesmo com todas as campanhas sobre a importância de se utilizar o protetor solar, a doença ainda tem cerca de 180 mil novos casos por ano, o que corresponde a mais de 30% dos diagnósticos de câncer no Brasil.

 

Além do uso do protetor solar, alguns cuidados podem reduzir as chances do desenvolvimento deste tipo de câncer. Além disso, o diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de cura. Com a chegada do verão, é ainda mais importante falarmos sobre este tema. Confira abaixo dicas importantíssimas!

Sintomas do câncer de pele

Existem diferentes tipos de câncer de pele e os sintomas também se diferenciam. Eles podem ser divididos em dois grupos principais: os melanomas e os carcinomas.

Carcinomas

Os carcinomas são o tipo mais comum, sendo o carcinoma basocelular o menos agressivo e o carcinoma espinocelular o mais grave. Eles costumam estar relacionados à exposição aos raios ultravioleta e ocorrem com mais frequência em pessoas de pele clara, mas também podem estar relacionados à infecção por alguns tipos de vírus.

No geral, as principais áreas da pele que podem sofrer câncer são as regiões das orelhas, pescoço e rosto que, naturalmente, sofrem mais impactos diretos dos raios ultravioletas.

Eles costumam surgir como pequenas feridas que sangram e não cicatrizam ou asperezas na pele. Não provocam dor, mesmo nas fases mais avançadas e são mais frequentes em pessoas acima de 50 anos.

Melanomas

Já os melanomas têm forte influência genética, além da relação com os episódios de exposição intensa aos raios ultravioletas. Portanto, pessoas com casos de melanoma na família precisam ficar mais atentas. Outros fatores de risco são grandes quantidades de pintas no corpo, queimaduras de sol frequentes na infância, bronzeamento artificial, entre outros.

Eles podem surgir em pintas já existentes e até mesmo em sinais de nascença, além de outras áreas da pele. Diferentemente dos carcinomas, além das áreas expostas, eles também podem surgir em outras áreas (inclusive nos olhos, boca, unhas e meninge) e ocorrem com frequência em pessoas mais jovens.

Algumas características suspeitas dos melanomas são o fato de que as manchas podem ser assimétricas, ter bordas irregulares, variação de cores, aumentar de tamanho, modificar o formato ou possuir mais de 6 mm.

Saiba mais sobre os tipos de câncer de pele

Cuidados com a pele

Como vimos anteriormente, o câncer de pele pode ter fatores genéticos ou mesmo ser causado por infecções virais, mas alguns cuidados podem ajudar a reduzir as chances de seu surgimento. O principal fator de risco da doença é a exposição excessiva e desprotegida aos raios solares, especialmente nos horários entre 10h e 16h.

Além de evitar esse período com maior incidência de raios UV, é preciso usar acessórios de proteção, como óculos de sol e chapéu com abas largas. Se for necessário sair nos horários mais quentes do dia, é recomendado o uso de roupas que cubram braços e pernas.

Filtro solar toda hora, o dia inteiro

A aplicação do filtro solar é indispensável – mesmo quando o dia está nublado. Ele deve ser aplicado de duas a três vezes ao longo do dia e seu fator de proteção deve ser, no mínimo, 30.

No caso das crianças, o cuidado deve ser redobrado, já que elas brincam e podem ficar desprotegidas mais rapidamente. A quantidade indicada de filtro solar é uma colher de chá por área do corpo. Não economize na proteção.

Também existem filtros solares próprios para os lábios e, vale lembrar, que a maquiagem não substitui o filtro solar. Já existem filtros solares que são coloridos e podem substituir a base, mas o oposto não é recomendado.

Tratamentos para câncer de pele

A detecção precoce é essencial para maiores chances de um tratamento bem-sucedido e de cura, podendo ser feita por meio de exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos ou radiológicos.

Ao ser detectado, o principal tipo de tratamento para o câncer de pele é a cirurgia, com a retirada da área afetada, em especial quando há diagnóstico precoce da doença. Para casos em que o câncer de pele está avançado, outros tipos de terapia podem ser necessários.

Cirurgia para câncer de pele

É o principal tipo de procedimento para o câncer de pele. Podem ser realizadas com o uso do bisturi tradicional ou elétrico, podendo remover, além do câncer, um fragmento de pele ao redor da mancha.

Terapia fotodinâmica

É um método que utiliza luz intensa para sensibilizar a pele, destruindo células tumorais e causando menor dano aos tecidos que estão sadios. Costuma ser recomendado para o tratamento de carcinomas basocelulares superficiais ou nodulares.

Radioterapia

Pode ser utilizada para destruir células cancerosas, evitar que a doença volte ou aliviar as dores causadas pela metástase. Consiste em radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células anormais.

Quando o tumor é muito grande, está localizado em uma região em que a cirurgia é difícil ou quando o paciente não pode passar pelo procedimento, a radioterapia pode ser o tratamento principal.

Imunoterapia

A imunoterapia é a utilização de medicamentos com o objetivo de estimular o sistema imunológico a reconhecer e destruir as células cancerígenas de forma eficaz. Pode ser realizada por meio do tratamento interferon, vacina BCG injetada diretamente no tumor, além de outros medicamentos.

Terapia-alvo

A terapia-alvo é um tratamento em que se usa drogas para atacar especificamente as células cancerígenas. Com isso, ela causa menos danos às demais células, reduzindo os efeitos colaterais.

O médico que acompanha o caso é quem vai direcionar o paciente ao melhor tratamento, visto que ele terá o panorama geral do estado de saúde, tipo de câncer e outras informações importantes.

Dezembro Laranja

O câncer de pele não é apenas uma doença de verão. O risco é contínuo, até mesmo no inverno, já que sua causa está associada à incidência dos raios UV na pele desprotegida.

No entanto, o verão tende a ser a época em que as pessoas mais se expõem ao sol e, por isso, dezembro foi o mês escolhido para abordar o assunto, tornando-se o Dezembro Laranja.

Aqui na D’Or Consultoria já criamos algumas campanhas sobre o tema. Veja:

 

“Cuidado é coisa de pele”

“O que os olhos não veem, a pele sente”

“Nesse verão, não vire um pimentão”