Desde a chegada da Covid-19, precisamos nos adaptar. No período de isolamento, mesmo quem saiu para trabalhar, precisou deixar de fazer algumas atividades, resultando em mais tempo em casa e, consequentemente, na frente das telas (TV, celular, tablet, computador etc.). A consequência foi o aumento do sedentarismo na pandemia.

Uma pesquisa de comportamento (Projeto ConVid) realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mostrou que mais da metade dos brasileiros deixaram de lado os exercícios na pandemia. E agora, quais são as consequências e como reverter esse quadro? É disso que esse artigo trata. Confira!

O que é sedentarismo?

Basicamente, o sedentarismo pode ser definido como a falta de atividades físicas que consumam energia de moderada a intensa. Porém, também podem ser consideradas sedentárias as pessoas que se exercitam, mas esporadicamente ou de maneira leve demais para que sejam atendidas as necessidades do organismo.

Quais são as consequências do sedentarismo?

O corpo humano não é preparado para ficar em estado de repouso, mas sim em estado fisicamente ativo. Por isso, o sedentarismo pode causar grandes danos à saúde em médio e longo prazo, contribuindo para o surgimento de doenças como as que você confere abaixo.

Diabetes

O açúcar tem um papel importante para o organismo: produzir energia. Porém, quando consumimos uma dieta rica em açúcar e carboidratos que formam glicose, mas não usamos essa energia, o nutriente se acumula no corpo e causa diabetes.

Osteoporose

A perda de massa óssea é comum com o passar dos anos, porém, a prática de exercícios físicos contribui para o aumento da produção do tecido ósseo, para a manutenção das articulações e para a fixação do cálcio. Já a falta dessas atividades pode causar a osteoporose.

Doenças cardiovasculares

Hipertensão, AVC e infarto são doenças cardiovasculares que ocorrem quando existe o acúmulo de células de gordura nos vasos sanguíneos e no coração. Ao ser uma pessoa sedentária, provavelmente o indivíduo terá um acúmulo de gordura corporal que pode resultar nesses problemas.

Atrofia muscular

Quanto mais trabalhamos os músculos, mais preparados eles ficam para realizarmos movimentos e ações (até mesmo do dia a dia). No entanto, o oposto também acontece. A falta de uso da musculatura pode causar a atrofia muscular, reduzindo a massa muscular e tornando os membros mais fracos, além de causar flacidez.

Como sair do sedentarismo na pandemia?

O sedentarismo não é uma doença e, por isso, não tem uma cura. O que podemos fazer é combatê-lo por meio das atividades físicas regulares, adotar um estilo de vida mais saudável, cuidando do corpo e da mente.

Mas atenção: antes de iniciar as atividades físicas, é importante fazer um check-up. Algumas condições exigem adaptações nos exercícios, e pode ser perigoso exigir do corpo mais do que ele consegue entregar.

A OMS recentemente alterou as recomendações para a realização de atividades físicas, dobrando o tempo de necessidade de atividades semanais – para adultos, antes eram 150 minutos de atividades leves e moderadas e 75 de atividades intensas, agora o número vai até 300 e 150 minutos respectivamente.

De acordo com a organização, cada movimento conta, ainda mais agora que precisamos lidar com as consequências do sedentarismo na pandemia. Confira as recomendações na íntegra (em inglês). E, se você ainda se sente despreparado para fazer atividades físicas fora de casa, não tem problema, veja 5 atividades físicas em casa que você pode praticar todos os dias.

Lembrando que as crianças também podem sofrer com o sedentarismo e com as consequências que ele pode trazer. Por isso, o exemplo é fundamental para que eles passem a gostar de atividades físicas. Por falar em exemplo, confira nossa campanha “O peso do exemplo” e entenda melhor a importância de planejar a alimentação dos pequenos.