Desvie das
notificações.
Evite distrações.

Suas redes sociais são muito eficientes em te causar aquela ânsia quase incontrolável por conexão e pertencimento, né? Some a isso as incontáveis notificações pelas quais seu celular é bombardeado ao longo do dia e, pronto, resistir à tentadora necessidade de saber de tudo e de todos sempre fica ainda mais difícil. E é nesse momento que o pior acidente da sua vida acontece…

Você bate os olhos no celular enquanto dirige!

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Esse é o número de vítimas fatais que o trânsito brasileiro faz todos os dias. Por hora, são pelo menos 3 (3,70) mortes, que costumam seguir um claro padrão: em sua maioria, motociclistas, jovens e indivíduos do sexo masculino, respectivamente.

O Brasil é o 4º país do mundo em acidentes de trânsito e essas são as principais causas:

1º

Excesso de velocidade

2º

Álcool e direção

3º

Celular ao volante

4º

Falta de capacete

5º

Manutenção inadequada

6º

Não utilização de seta

7º

Desrespeito ao semáforo

8º

Imprudências de pedestres

9º

Adormecimento

10º

Ultrapassagem indevida

E não são só vidas que se perdem, mas muito dinheiro também: o governo brasileiro gasta, todos os anos, quase R$ 60 bilhões com tudo o que esse grave problema de saúde pública envolve. São vidas e valores que poderiam ser poupados. Afinal, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 90% de todos os acidentes de trânsito acontecem por imperícia, imprudência ou negligência – ou um combo disso tudo.

E já que mencionamos imprudência e negligência…

Em quase metade das situações em que há falta de atenção ao dirigir, a culpa é do celular. Afinal, além de roubar a atenção do motorista, o aparelho ocupa o que deveria estar no volante: a mão.

De acordo com a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), o celular já é a principal forma de distração no trânsito e, não à toa, o 3º maior responsável por acidentes fatais. O que parece, porém, não intimidar muita gente, pois, no Brasil, quase 30 motoristas são flagrados por hora dirigindo ao celular.

A ciência explica

Estudos mais recentes sobre o comportamento dos motoristas já cravaram: o trânsito pode sobrecarregar o cérebro! Quando você dirige a 45 km/h, uma velocidade relativamente tranquila, seu cérebro precisa processar cerca de 1300 informações visuais (obstáculos, carros, placas, faixas de trânsito, pedestres, curvas etc.) por minuto. Se cada uma dessas informações fosse uma simples letrinha, o esforço mental equivaleria a ter que ler este parágrafo inteiro em apenas um minuto. Tudo isso enquanto conduz um veículo, é claro.

Agora adicione à essa equação recheada de informações as distrações de seu celular, que, diferentes das demais, não estão à frente ou em volta do veículo, mas em outra fonte de distração: a tela do aparelho. O que já era consideravelmente arriscado com 100% de seu foco acaba de ficar ainda mais…

E esse risco reverbera: segundo especialistas, mesmo após o fim de uma ligação ou resposta a uma mensagem, aquele tipo de interação mantém uma atividade cerebral que compromete o foco do motorista. Em valores, ele ainda permanece cerca de três segundos sem prestar atenção total ao trânsito.

Álcool ou celular:
o que é mais perigoso ao volante?

Já se sabe que dirigir ao celular provoca reações semelhantes à condução sob influência do álcool, ou seja, desfoque, atraso nos reflexos… Também já se sabe que dirigir sob o efeito dessa substância é crime e, tanto pelas inúmeras campanhas de trânsito quanto pelos efeitos mais claros no corpo, acaba, de certo modo, sendo inibido em relação a essa prática.

Mas seja por uma questão cultural e cronológica – afinal, o celular é um problema mais recente na história do trânsito –, seja por questões de percepção sensorial, no geral, os motoristas “respeitam” bem mais os riscos que o álcool oferece, enquanto os do celular ainda são subestimados e negligenciados. Calma que piora…

Mas e pra ciência, qual dos dois é o mais perigoso? Segundo um estudo da instituição inglesa RAC Foundation, enviar mensagens enquanto dirige retarda o tempo de reação do motorista em 35%, enquanto o atraso provocado pelo álcool é de 12%. Em outras palavras: está comprovado cientificamente que, em média, dirigir ao celular é mais arriscado do que dirigir embriagado.

CTB mencionou você em uma publicação

Vamos tratar agora das informações práticas? Veja o que diz o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) sobre o uso do celular ao dirigir:

É proibido dirigir o veículo:
Art. 252 (Capítulo XV – Das Infrações)

VI – Utilizando-se de fones nos ouvidos conectados a aparelhagem sonora ou de telefone celular
Infração – média (4 pontos na CNH)
Penalidade – multa (R$ 130,16)

Parágrafo único: a hipótese prevista no inciso V caracterizar-se-á como infração gravíssima no caso de o condutor estar segurando ou manuseando telefone celular
Infração – gravíssima (7 pontos na CNH)
Penalidade – multa (R$ 293,47)

Falar ao celular no viva-voz em casos de extrema necessidade não configura infração, mas, ainda assim, não é recomendado por ser nocivo à segurança do trânsito. A exceção em que a lei permite o uso do celular é quando ele está no modo GPS, como em aplicativos de trânsito etc.

Código de Conduta
Condução

Mas nem só do celular vivem as estatísticas de acidentes de trânsito.
Além das causas mencionadas anteriormente, existe aquele bê-á-bá que é sempre bom lembrar:

  • Direção
    defensiva

    Esteja sempre preparado e atento a possíveis riscos. Assim, você terá mais tempo e capacidade de reação caso seja necessário evitar um acidente.

  • Seta não é item opcional

    É preciso que haja uma comunicação eficiente entre os condutores, e o uso correto das setas é essencial para que suas intenções não sejam surpresa para os demais.

  • Trânsito não
    é corrida

    Respeite os limites de velocidade. Eles são pensados para que você tenha maior agilidade e segurança caso precise reagir a obstáculos na via.

  • Use cinto e equipamento de segurança

    O uso do cinto de segurança no banco da frente reduz em 45% as chances de lesões graves, e os do banco de trás fazem com que os passageiros fiquem até 75% mais seguros.

  • Respeite a
    sinalização

    Ela existe para melhorar a fluidez das vias e aumentar a segurança de quem trafega por elas. Respeitá-la é indispensável para uma boa convivência no trânsito.

  • Faça revisões periódicas no veículo

    Elas verificam possíveis desgastes e impedem problemas maiores. Cuidar dos pneus, óleo, freios e faróis ajuda a garantir a segurança no trânsito, evitando acidentes por falha mecânica.

Baixe o cartaz e os papéis de parede da campanha e ajude a tornar o trânsito mais seguro divulgando-a entre seus conhecidos.

Desvie das notificações. Evite distrações.

#CuidaDaSuaVia

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