Não dá pra deixar a sua saúde para depois

O levantamento da Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE, divulgado em agosto de 2021, mostrou que 40% das mulheres entre 40 e 49 anos nunca fizeram mamografia – um exame essencial para detectar o câncer de mama.

A gente sabe que a vida está cada vez mais corrida e que os exames parecem tarefas adiáveis, mas eles podem salvar vidas.

O câncer de mama é o segundo mais comum entre as mulheres

2021 66280 novos casos de câncer
de mama no país.
Ele é o segundo mais comum entre as mulheres, ficando atrás apenas dos tumores de pele não melanoma.
Fonte: INCA

O que é a mamografia? Ela dói?

A mamografia é um exame radiológico das mamas que usa baixa radiação para gerar imagens detalhadas da estrutura interna das mamas. Por meio dele, é possível detectar precocemente o câncer de mama e aumentar as chances de cura – que podem chegar a 95%.

Por ser necessária a compressão das mamas, esse exame pode gerar desconforto, mas ele é bem rápido: demora de 15 a 30 minutos apenas e você só vai precisar reservar um dia do ano para realizá-lo.

Como é feita a mamografia?

Convencional

A mamografia convencional é feita por um aparelho de raios-x conhecido como mamógrafo. Ele foi projetado para obter imagens individuais das mamas. Para isso, cada uma é colocada em uma placa de acrílico, comprimida para espalhar o tecido da glândula e obter as imagens.

Digital

Atualmente, também já existe a mamografia digital, que substitui a chapa de raios-X por um chip que registra as imagens dos seios. Assim, as imagens podem ser visualizadas diretamente no monitor de um computador ou impressas de forma similar às mamografias convencionais.

3D

Por fim, existe ainda a mamografia 3D, também conhecida como tomossíntese da mama. Por meio dela, são tiradas várias imagens de raios-X e, em seguida, elas são reconstruídas pelo computador.

O médico é quem recomenda o método, de acordo com o perfil da paciente.

Quando fazer a mamografia?

No Brasil, existe uma divergência entre a idade que se deve iniciar a mamografia. A Sociedade Brasileira de Mastologia, o Colégio Brasileiro de Radiologia e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia informam que ela deve ser feita da seguinte maneira:

Sem fatores de risco aumentados
  • Iniciar aos 40 anos
  • Realizar o exame anualmente
Risco aumentado
  • Iniciar antes dos 40 anos (cada caso deve ser avaliado individualmente) – A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) recomenda a mamografia de rastreamento a partir de 30 anos para mulheres de alto risco, ou seja, com pelo menos um familiar de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com diagnóstico de câncer de mama em idade menor que 50 anos, ou com diagnóstico de câncer de mama bilateral, entre outros fatores.
  • Pode ser necessário realizar a ressonância magnética (MRI) em combinação com as mamografias

Vale lembrar que o INCA (Instituto Nacional do Câncer) e o Ministério da Saúde recomendam que as mulheres sem fatores de risco comecem a fazer mamografia a partir dos 50 anos, a cada 2 anos e a partir de 35 anos para os casos de alto risco. O ideal é seguir a recomendação do médico que acompanha o seu caso, uma vez que ele conhece seus fatores de risco e histórico de saúde.

Quais são os fatores de risco do câncer de mama?

Diversos fatores podem aumentar o risco de desenvolvimento da doença, incluindo:

Idade – mulheres acima de 50 anos têm maior risco de desenvolver câncer de mama
Primeira menstruação
antes dos 12 anos
Menopausa após
os 55 anos
Terapia de reposição hormonal pós-menopausa
Primeira gravidez após os 30 anos
Nuliparidade (mulher que nunca teve filhos)
Sobrepeso ou obesidade
Exposição à radiação ionizante em tórax
5% a 10% do total de casos são de caráter hereditário

Por isso, mulheres que possuem casos de câncer de mama ou de ovário em parentes consanguíneos, principalmente em idade jovem (ou câncer de mama em homem – também em parente consanguíneo), podem ter predisposição hereditária e são consideradas de risco elevado para a doença.

6 sinais e sintomas
de alerta

A mamografia anual é a melhor forma de detectar precocemente a doença, antes mesmo de ela começar a apresentar sintomas. Porém, existem alguns sinais que servem de alerta:

Se perceber esses sintomas, busque auxílio médico imediato. Quanto antes for detectada, mais fácil será controlar a doença e maiores são as chances de cura.

Temos um convite especial para você

Para trazer ainda mais conteúdo de qualidade e abrir o diálogo sobre o câncer de mama, faremos uma live com médicos especialistas da Oncologia D’Or.

19 de outubro às 17h30, no canal da D’Or no Youtube.

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