O Aedes aegypti é o mosquito transmissor da dengue, febre amarela urbana, zika e chikungunya. Fique de olho e encontre o Aed!
De acordo com o Boletim Epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde, de janeiro a dezembro de 2021, houve 534.743 casos prováveis de dengue. Mas não é só isso. Também foram registrados 95.852 casos prováveis de chikungunya e 6.143 casos prováveis de zika. São números impressionantes, ainda mais levando em consideração o tamanho desse pequeno mosquito, não é mesmo?
Para se proteger, é preciso conhecer as características do Aedes aegypti, quais são os sintomas de suas doenças e o que fazer para encontrá-lo. Além disso, a prevenção dos focos é uma das estratégias mais eficientes para reduzir, cada vez mais, o número de casos. E é sobre esses temas que falaremos a seguir. Confira!
Como é o Aedes aegypti?
O mosquito transmissor da dengue é menor do que outros mosquitos comuns e tem como principal características as listras brancas em seu corpo. Eles atacam com mais frequência durante o dia e no fim de tarde. Não fazem zunidos e picam, principalmente, a região dos pés e tornozelos. Por terem uma substância anestésica, a picada não coça e passa despercebida pelos humanos.
Apenas as fêmeas do Aedes aegypti atacam. Elas precisam de sangue para amadurecer seus ovos, que são depositados em água limpa e parada para que possam se desenvolver.
Qual é o ciclo de vida do Aedes aegypti?
O mosquito da dengue não tem uma vida muito longa, o problema, é que sua reprodução é muito rápida. Veja o ciclo de vida:
- Ovos: 2 a 3 dias
- Larva: 5 dias
- Pupa: 48 horas
- Mosquitos adultos: 30 dias
Embora o Aedes viva por volta de 30 dias, cada fêmea pode produzir de 60 a 120 ovos em cada ciclo reprodutivo. Sendo que podem ocorrer mais de três ciclos durante sua vida. Esses mosquitos preferem as áreas urbanas devido ao calor e umidade, já que não resistem às temperaturas mais frias.
Quais doenças o Aedes aegypti transmite?
São 4 as principais doenças transmitidas pelo Aedes aegypti: dengue, Zika, Chikungunya e febre amarela.
Dengue
Pode ser transmitida em sua versão comum ou hemorrágica – a mais perigosa à saúde humana.
Sintomas da dengue comum: febre alta, dores na articulação e músculos, dores de cabeça e na região dos olhos, coceira na pele, inflamação na garganta e manchas avermelhadas na pele.
Sintomas da dengue hemorrágica: após sentir febre, os sintomas agravam-se e chegam à queda de pressão arterial, aumento do fígado e possíveis hemorragias na gengiva e intestino.
Chikungunya
Essa doença também transmitida pelo Aedes aegypti pode trazer grandes complicações a longo prazo, como inflamações nas articulações e até mesmo limitações nos movimentos.
Sintomas do Chikungunya: febre alta, dor de cabeça, dores nos músculos, calafrios, vômitos, náuseas e conjuntivite. Semelhante a dengue, o vírus Chikungunya traz dores mais persistentes nas articulações, podendo perdurar por meses.
Zika
É uma doença associada à microcefalia e desenvolvimento da síndrome de Guillain-Barré, além de outras complicações neurológicas. Por isso, é importante ter atenção especial para possíveis focos de Aedes aegypti próximos às grávidas.
Sintomas da Zika: febre baixa, dor de cabeça, conjuntivite, diarreia, vômitos, dor abdominal e inflamações nas articulações.
Identificar os sintomas no estágio inicial da doença e buscar por ajuda médica fará toda a diferença para curar rapidamente as doenças e evitar possíveis sequelas.
Onde o mosquito da dengue se esconde?
O mosquito prefere locais quentes e úmidos, como regiões com matos ou terrenos com entulhos. Porém, é possível que o Aedes aegypti bote seus ovos também em pequenos recipientes limpos.
Quando esses recipientes permitem o acúmulo de água, mesmo que em pequena quantidade, tornam-se os ambientes ideais para a eclosão dos ovos. Tampinhas, latas, garrafas, pneus, caixas, telhas, calhas e outros, são alguns dos objetos preferidos para o Aedes aegypti se esconder.
Ah, e mais um cuidado: mesmo quando não é época de chuva, quando os ovos estão em ambiente seco, permanecem vivos por até um ano. Eles só não se desenvolvem, mas, assim que entram em contato com água, em meia hora já retomam o desenvolvimento.
Encontrar o Aedes pode ser mais fácil do que parece. Afinal, o mosquito mora no vacilo. E o nosso desafio é fazer você encontrar todos os vacilos que podem ser foco da dengue.
Fizemos até um jogo para você se divertir e memorizar os locais de possível focos. Clique aqui e encontre o Aedes!
Encontrei um Aedes em casa, e agora?
O primeiro passo é matar o mosquito, mas o problema não está resolvido. Onde tem um mosquito, provavelmente tem um criadouro. Portanto, procure em todos os recipientes que possam acumular água, incluindo vasos de plantas e até tampinhas de garrafa. Colocar tela milimétrica nos ralos também pode ajudar na prevenção.
Mas cuidado: ao encontrar larvas, não descarte a água no ralo, nem no vaso sanitário, pois o Aedes pode continuar a se desenvolver por lá. Jogue a água no chão, onde tenha terra, grama ou asfalto.
Além disso, lave o recipiente com uma esponja para soltar os ovos do mosquito e o mantenha seco. Verifique uma vez por semana, para ver se nenhum ovo escapou e surgiu alguma larva.
Fui picado, vou ficar doente?
A picada do Aedes geralmente não coça, nem dói. Porém, se você perceber que foi picado, não precisa buscar imediatamente o médico. Acontece que nem todos os mosquitos estão infectados. Quando são infectados, eles podem morrer antes mesmo de poderem transmitir doenças (ficarem infectivos).
Porém, se você manifestar algum dos sintomas que mencionamos anteriormente no texto, é importante procurar atendimento médico.
Mesmo a sua casa estando protegida, se houver focos nos vizinhos, o Aedes pode facilmente se multiplicar e chegar até você e sua família. Por isso, é essencial que todos conheçam a importância da prevenção. Juntos, é possível eliminar os focos e evitar essas doenças.
Confira a campanha “Um problemão sem tamanho” para saber mais!
Conheça outras campanhas que fizemos para o combate do Aedes aegypti: