Em abril acontece a Semana Mundial de Imunização (SMI) com o objetivo de falar sobre o tema e desmistificar mitos para engajar a população a se vacinar. Nesse artigo, trouxemos informações importantes sobre a imunização ativa e passiva. Confira e entenda melhor sobre esses dois tipos de imunização!

O que é imunização?

Imunização é quando a pessoa se torna imune ou resistente a alguma doença infecciosa, o que pode ocorrer naturalmente (quando as pessoas são expostas aos vírus e bactérias) ou por meio da vacinação. Ao se imunizar, as pessoas normalmente não contraem a doença ou contraem apenas a forma leve.

Entre a imunização natural e a vacinação, a melhor opção continua sendo a vacinação, uma vez que ela possibilita que o organismo consiga obter a resposta imunitária sem correr riscos maiores ou sequelas. Além disso, para que sejam aprovadas, as vacinas passam por testes bem rigorosos e são avaliadas regularmente, sendo consideradas seguras e altamente confiáveis.

Quando falamos em imunização, também é comum encontrar os termos imunização ativa e imunização passiva. A seguir, você confere a diferença entre eles, bem como suas aplicações.

Imunização ativa

É chamada de imunização ativa quando o sistema imunitário é induzido a produzir anticorpos, por meio das vacinas que contém os antígenos – proteínas específicas dos agentes causadores das doenças. Os antígenos podem estar em maneiras diferentes na vacina:

  • fragmentos não infecciosos de bactérias ou vírus;
  • modificação da substância nociva (toxina) para ser tornar inofensiva (toxoide);
  • vivos, mas atenuados (sem a capacidade de provocar danos ao nosso corpo).

Quando os antígenos têm contato com o sistema imunitário, o corpo o reconhece e cria uma resposta imunitária primária, que é a resposta inicial e resulta na produção das células de memória.

Por que algumas vacinas precisam de dose de reforço?

Algumas vacinas precisam apenas de uma ou duas doses, pois despertam uma resposta imune muito robusta e conseguem prevenir as doenças para o resto da vida. É o caso da vacina da catapora, febre amarela, rubéola e sarampo. Normalmente, elas são feitas dos organismos vivos, mas atenuados.

Porém, nem todas as vacinas podem ser criadas dessa forma, o que pode levar a uma resposta com duração mais curta, sendo necessário aplicar doses de reforço de tempos em tempos para manter a proteção. Esse é o caso da vacina contra tétano, coqueluche e difteria.

Já a vacina da gripe, tem dose única, mas precisa ser aplicada anualmente, pois os vírus sofrem mutações e as vacinas precisam ser atualizadas constantemente.

Imunização passiva

A imunização passiva ocorre quando o corpo já recebe os anticorpos prontos, ao invés de estimular sua produção. A principal diferença é que, na imunização passiva o corpo não produz as células de memória, combatendo os organismos somente uma vez.

Esse processo é necessário quando não há não há tempo parar gerar uma resposta imunitária completa, como é o caso de picadas de animais venenosos, que podem levar à morte caso os anticorpos não estejam no organismo rapidamente.

Outro tipo de imunização passiva é a natural, que ocorre por meio da placenta e do leite materno da mãe, para o bebê. As imunoglobulinas que são transferidas protegem o recém-nascido de infecções.

Em algumas situações, pode ser necessária a imunização passiva e ativa simultaneamente. É o caso da exposição ao vírus da raiva. O soro retarda a replicação do vírus, aumentando o tempo de incubação da doença para que exista o período necessário de desenvolvimento da imunidade ativa da vacina.

A importância da vacinação

De acordo com o Instituto Butantan, a cobertura vacinal do Brasil tem caído nos últimos dez anos, principalmente em crianças. Com isso, doenças que já haviam sido erradicadas voltaram a fazer vítimas. Esse é o caso do sarampo e da poliomielite, sendo que essa última tinha cobertura de 96,5% em 2012 para 67,6% em 2021. A poliomielite atinge o sistema nervoso e pode causar paralisia permanente nas pernas e braços.

A vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, além da vacina contra o rotavírus, também tiveram quedas nos índices de vacinação. Na maior parte das vezes, os motivos são informações sem comprovação científica sobre efeitos colaterais dos imunizantes. Enquanto isso, surgem casos de doenças que poderiam ser evitadas. Confira abaixo o vídeo que fizemos para a Semana Mundial da Imunização: