O tabagismo é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a maior causa evitável de adoecimento e mortes no mundo. Com mais de 4.720 substâncias tóxicas e 43 substâncias cancerígenas, o cigarro causa a morte de 443 pessoas por dia, só no Brasil. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o tabagismo como uma pandemia que precisa ser combatida.

Assim como acontece com diversas outras doenças, o acesso a informações pode ajudar a evitar que pessoas iniciem no vício e estimular para que pessoas tabagistas larguem o vício. Por isso, neste artigo trouxemos dados e informações relevantes para contribuir com o combate ao tabagismo. Confira!

O que é tabagismo?

É conhecido como tabagismo o consumo de produtos que contenham tabaco, uma planta cujas folhas são usadas em diversos produtos como o cigarro, cachimbo, charuto, rapé, entre outros. Em sua composição, também há nicotina, substância que causa dependência e age no sistema nervoso central de modo similar à cocaína, com a diferença de que chega em torno de 7 a 19 segundos ao cérebro.

O tabagismo é considerado uma doença crônica e integra o grupo de transtornos mentais e comportamentais causados pelo uso de substância psicoativa.

Tabagismo passivo

Existe ainda o tabagismo passivo, que ocorre pela inalação da fumaça dos derivados do tabaco por pessoas que não são fumantes, mas que convivem com fumantes e respiram as substâncias tóxicas juntamente a eles. Dos 8 milhões de mortos por ano pelo tabagismo, 1,2 milhão são de fumantes passivos.

A fumaça que sai da ponta do cigarro tem em média três vezes mais nicotina e monóxido de carbono e até cinquenta vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que é inalada. A exposição a essa fumaça pode causar reações alérgicas, infarto agudo do miocárdio, câncer de pulmão, bronquite crônica e até enfisema pulmonar.

Crianças e bebês têm ainda mais risco de desenvolver doenças respiratórias, além de doença do ouvido médio e síndrome da morte súbita infantil. E não tem como evitar: não existem níveis seguros de exposição ao tabagismo, de modo que a única maneira de proteger os fumantes ativos ou passivos é eliminando o hábito.

Quais são as consequências do tabagismo?

Existem mais de 50 condições médicas que podem ser diretamente causadas pelo tabagismo. A doença que mais costuma estar relacionada é o câncer e não é à toa: a cada 100 pacientes que desenvolvem câncer, 30 são fumantes. Porém, esse não é o único problema que pode se desenvolver. Abaixo você confere outros.

Problemas cardiovasculares

A nicotina provoca o aumento de catecolaminas, o que causa vasoconstricção e acelera a frequência cardíaca, causando hipertensão arterial e provocando adesividade plaquetária. Aliado ao monóxido de carbono, a nicotina causa o aparecimento de uma grande variedade de doenças cardiovasculares.

Problemas gástricos

O tabagismo também estimula a produção de ácido clorídrico no aparelho gastrointestinal, o que pode causar úlcera gástrica. Além disso, também aumenta o risco de doença de Crohn, pancreatite, cálculos biliares, azia e doença do refluxo gastroesofágico (DRGE).

Enfisema pulmonar

O enfisema pulmonar faz parte de um grupo de doenças chamado de DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) que, juntamente a bronquite crônica provoca falta de ar e tosse. Ao inalar a fumaça tóxica, os alvéolos pulmonares aumentam de tamanho, se tornam rígidos e destroem o tecido pulmonar.

Como consequência, o oxigênio não entra em contato com o sangue e prejudica o funcionamento de todo o sistema respiratório.

Problemas na gestação

Fumar durante a gestação pode trazer diversos riscos, incluindo a possibilidade de placenta prévia, descolamento da placenta e hemorragias uterinas. Dobram as chances de o bebê nascer com baixo peso, além de aumentar as chances de parto prematuro e morte perinatal.

Como é feito o tratamento do tabagismo?

Não é fácil parar de fumar. As pessoas costumam achar que o tabagista é alguém sem “força de vontade” ou que “não para porque não quer”, mas, por ser uma dependência química, a cessação do tabagismo traz sofrimentos físicos e psicológico. Por vezes, são necessárias várias tentativas até que se obtenha sucesso, além de acompanhamento profissional para facilitar o processo.

Uma das dicas mais comuns é marcar uma data para ser o primeiro dia sem cigarro e procurar algo para fazer e distrair a mente e relaxar. O uso de medicamentos pode ajudar, por reduzir os sintomas da síndrome de abstinência à nicotina, mas devem ser acompanhados por profissionais, que aliem o processo a apoio psicológico. É importante entender que buscar ajuda não te torna mais fraco ou vulnerável e que ela pode tornar o processo mais fácil, aumentando as chances de que funcione.

Confira aqui 5 dicas para parar de fumar

Alerta: o tabagismo não é só relacionado ao cigarro

Apesar de associarmos automaticamente ao cigarro, o tabagismo também pode ser causado pelo hábito de fumar outros dispositivos, incluindo o narguilé e o vape. Eles também fazem mal à saúde e podem causar dependência de nicotina. Confira mais informações nessa campanha para o Dia Mundial sem Tabaco em que fazemos o Cancelamento do Tabagismo:

 

Fontes: