Você sabia que existem vários tipos de câncer de pele? Eles se manifestam de maneiras diferentes, e conhecê-los pode ajudar a identificá-los para buscar o tratamento. Confira!

Entre os grandes perigos do verão, estão os raios ultravioletas. São eles que causam os principais tipos de câncer de pele, doença com cerca de 185 mil casos por ano no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA).

O câncer de pele ocorre a partir de mutações que fazem com que as células da pele se multipliquem de maneira rápida e desordenada. E, ao contrário do que muita gente imagina, mesmo os locais com sombras densas podem ter radiação UV, que são refletidos pela areia, mar e revestimentos de cores claras.

Dica: se você vai curtir o dia embaixo de um guarda-sol, não escolha os modelos com coberturas feitas de nylon, pois elas permitem que 95% dos raios UVs cheguem à sua pele sem que você perceba. Além disso, nunca dispense o uso de protetor solar!

Agora que você já sabe o que é o câncer de pele e como ele ocorre, conheça os tipos existentes e como eles se manifestam.

Quais são os tipos de câncer de pele?

De modo geral, existem três tipos de câncer de pele. Todos eles podem ocorrer independentemente da idade e tem como grande fator de risco os casos na família, que podem indicar predisposição genética.

Carcinoma Basocelular (CBC)

É o tipo mais comum e surge nas células basais, que estão na camada mais profunda da epiderme. Sua letalidade é baixa, e a detecção precoce proporciona grandes chances de cura.

O tipo mais frequente é o CBC nódulo-ulcerativo, que tem aparência de uma pápula avermelhada com uma crosta central que pode sangrar eventualmente. Podem se assemelhar a doenças como eczema e psoríase, por isso, é importante ficar atento.

As lesões desse tipo de câncer costumam se desenvolver em regiões expostas ao sol, como orelhas, couro cabeludo, ombros, costas e face.

Carcinoma Espinocelular (CEC)

Esse é o segundo mais comum entre os tipos de câncer. Ele se manifesta nas células escamosas, que são a maior parte das camadas superiores da pele. No CEC, a pele apresenta sintomas como enrugamento, mudança de pigmentação e elasticidade, tendo aparência similar à de uma verruga.

Os locais afetados também são as áreas com grande exposição ao sol: rosto, couro cabeludo, orelhas, entre outras.

Melanoma

O câncer de pele melanoma tem esse nome por se originar nos melanócitos (células que produzem melanina) e é mais frequente em adultos brancos, podendo aparecer em qualquer parte do corpo e até nas mucosas. Em pessoas de pele negra, existe uma probabilidade maior de ele surgir nas palmas das mãos e plantas dos pés.

O melanoma se parece com uma pinta ou sinal de pele em tom castanho ou escuro, que pode até mesmo sangrar. Ele é mais raro, porém, é considerado mais perigoso por ter o pior prognóstico e maiores índices de mortalidade. Porém, existem grandes chances de cura se descoberto no início.

O câncer de pele é hereditário?

Não pense que o câncer de pele surge apenas pela radiação ultravioleta.

Alguns casos podem acontecer por hereditariedade, principalmente por familiares de 1º grau que tiveram a doença.

Se esse é o seu caso, procure anualmente um dermatologista.

Conheça a regra ABCDE do câncer de pele

Uma das maneiras de saber se você está com algum dos tipos de câncer de pele é fazendo o autoexame no corpo. E, para saber se tem algo errado, use a regrinha ABCDE que é bem fácil de decorar:

Sentiu coceira, percebeu descamação ou sangramento em um sinal ou mancha, ou tem um machucado que não cicatriza há mais de 4 semanas? Procure um dermatologista imediatamente.

Como se proteger do câncer de pele

Quer bloquear os perigos dos raios UV? Não é difícil. Basta tomar simples cuidados no dia a dia:

  • Aplique o protetor solar com FPS 30 ou mais, além de protetores labiais, 20 minutos antes de sair de casa, reaplicando a cada 2 horas – inclusive se o dia estiver nublado;
  • Evite o sol entre 10h e 16h, pois a radiação das ondas UV é mais intensa;
  • Se as crianças brincarem ao ar livre, lembre-se do protetor solar;
  • Examine regularmente o corpo todo – principalmente nas áreas mais expostas ao sol;
  • Use chapéu de abas longas e óculos com lentes que bloqueiam os raios UVs;
  • Visite um dermatologista, pelo menos, uma vez por ano.

Percebeu algo diferente na pele? Não fique na sombra. Consulte um médico imediatamente.

Aproveite e confira o vídeo da nossa campanha “O sol arde para todos”.

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