Espirro, coriza, tosse, coceira… Quando a crise de alergia começa, a sua primeira reação é buscar um alívio imediato, recorrendo à automedicação com antialérgicos? Tome cuidado! Utilizar medicamentos sem prescrição médica pode não causar os efeitos esperados e até agravar alguns casos.

Conheça alguns dos perigos da automedicação para quadros alérgicos e compreenda os riscos de não procurar a orientação profissional adequada!

Riscos da automedicação com antialérgicos

Embora medicamentos utilizados para tratar de alergias (sobretudo as respiratórias) sejam vendidos sem necessidade de prescrição médica, utilizá-los por conta própria não é nada recomendado.

Para começar, a automedicação com antialérgicos pressupõe que um único medicamento pode ser eficaz para tratar qualquer tipo de alergia. No entanto, cada caso é individual, e só um médico pode receitar o antialérgico certo.

Embora seja comum que familiares, amigos ou colegas sugiram medicamentos antialérgicos com base em suas próprias experiências, é importante lembrar que cada pessoa pode reagir de maneira diferente a determinados medicamentos.

Ao seguir recomendações não especializadas, você corre o risco de não tratar adequadamente os sintomas iniciais ou até mesmo desencadear novas alergias.

Essas reações alérgicas podem surgir mesmo após uso contínuo do mesmo medicamento e apresentam sintomas variados, que vão desde prurido e inchaço até choque anafilático (que pode ser fatal).

Ao considerar esses pontos, fica evidente que a automedicação com antialérgicos é uma prática arriscada. Buscar orientação médica especializada é crucial para garantir o tratamento mais adequado e seguro para suas crises alérgicas.

Os efeitos colaterais dos antialérgicos

As alergias respiratórias são as mais comuns, principalmente no outono e no inverno, que apresentam baixa umidade do ar. Com isso, os casos de rinite, sinusite, asma, tosse alérgica e outras doenças se tornam muito mais frequentes.

Neste período, a automedicação com antialérgicos costuma ser ainda mais comum. Veja agora quais são os medicamentos mais utilizados e seus efeitos colaterais.

Anti-histamínicos

Esses medicamentos são frequentemente utilizados para bloquear os efeitos da histamina, uma substância que desencadeia reações alérgicas. Embora sejam eficazes no alívio dos sintomas, os anti-histamínicos podem causar sonolência e reduzir a capacidade de concentração em tarefas cotidianas.

É importante notar que certos grupos, como crianças, gestantes, lactantes e pessoas com glaucoma, pressão alta, doenças renais e hepáticas, não usem anti-histamínicos sem indicação e acompanhamento médico.

 Corticoesteroides

Esses medicamentos têm propriedades anti-inflamatórias e são frequentemente prescritos para tratar alergias graves e inflamações. No entanto, o uso de corticosteroides por via oral, a forma mais comum, pode estar associado a efeitos colaterais significativos.

Alguns desses efeitos incluem retenção de líquidos e sódio, inchaço, dor de estômago, dores musculares e insônia. Além disso, o uso prolongado de corticosteroides pode levar ao desenvolvimento ou agravamento de condições como hipertensão, insuficiência cardíaca, diabetes e osteoporose.

Hidrocortisona

A hidrocortisona é um corticosteroide que, na forma de pomada ou creme, é usado para tratar alergias de pele. No entanto, o uso prolongado de hidrocortisona nesses formatos pode resultar em efeitos colaterais como despigmentação, manchas e até atrofia cutânea.

Não vale a pena correr os riscos da automedicação com antialérgicos!

Embora possa ser tentador buscar um alívio imediato para as crises de alergia, não arrisque agravar a condição alérgica ou causar reações adversas ao automedicar-se com antialérgicos. Consulte um médico para obter um diagnóstico preciso, receber orientações personalizadas e garantir um tratamento seguro e eficaz.

Além disso, confira o vídeo abaixo para obter algumas dicas práticas e úteis para melhorar o seu dia a dia ao conviver com alergias:

https://youtu.be/yiO74rkcO0M

Não se esqueça: remédio, só com prescrição médica!

Para mais informações sobre o tema, confira nossa campanha: A alergia atacou só de olhar?