Nos últimos anos, pesquisas mostraram o aumento expressivo de diagnósticos confirmados. Mas por que houve aumento de casos de autismo? Acompanhe nosso artigo e entenda os motivos!

O que é autismo

Em primeiro lugar, é preciso esclarecer que o autismo não é uma doença. Também conhecido como Transtorno do Espectro Autista (TEA), o autismo é um distúrbio caracterizado pela alteração das funções do neurodesenvolvimento. Ele pode incluir alterações na comunicação (linguagem verbal ou não verbal), na interação social e no comportamento (ações repetitivas, hiperfoco para objetos específicos e restrição de interesses, por exemplo).

Dentro do espectro, é possível identificar graus com base na necessidade de suporte das atividades diárias. Ou seja, uma pessoa com autismo de nível 1 pode demonstrar problemas para iniciar interações e menos interesse em relacionamentos, mas apresentam pouco ou nenhum prejuízo na linguagem funcional. Já uma pessoa com nível 5 pode apresentar comprometimento maior à comunicação verbal e não verbal, além de dificuldades maiores em tarefas de rotina, inclusive fisiológicas,

Entenda melhor aqui.

Como identificar sintomas do Transtorno do Espectro Autista?

Alguns dos sintomas mais comuns do autismo:

  • não responder quando é chamado
  • desinteresse com as pessoas e objetos ao redor;
  • dificuldade para compreender gestos, expressões e mensagens não verbais;
  • falas ou movimentos estereotipados ou repetitivos;
  • dificuldade para combinar palavras em frases ou repetir a mesma frase ou palavra com frequência;
  • falta de filtro social (sinceridade excessiva);
  • fixação por determinados temas;
  • seletividade em relação a cheiros, sabores e texturas de alimentos;
  • dificuldade de contato visual;
  • hipersensibilidade ou hiper-reatividade sensorial.

Causas do autismo

Apesar de congênito – isto é, a pessoa já nasce com autismo –, sua origem é complexa e traz nuances muito diversas; sendo muito difícil apontar uma única causa para ele.

Os especialistas acreditam que a genética tem influência no transtorno, mas, sozinha, não o explica. As alterações de DNA que podem levar ao desenvolvimento do TEA acontecem em diferentes trechos do genoma.

Os fatores ambientais são outro tipo de impacto que podem estar relacionados no aumento de casos de autismo. Entre eles:

  • filhos de pais ou mães com mais de 35 anos no momento da concepção;
  • uso de determinados medicamentos durante a gestação;
  • estresse durante a gestação.

Um fator que NÃO tem qualquer relação com esses números é a vacinação das crianças, que deve seguir sendo feita conforme o calendário nacional de vacinação.

Aumento de casos de autismo

De acordo com o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), em 2000, houve um caso de autismo registrado a cada 150 crianças observadas nos Estados Unidos. Em 2020, o número foi para para 1 caso a cada 36 crianças.

No Brasil, o Censo escolar registrou um aumento de 280% no número de estudantes com TEA matriculados em escolas públicas e particulares no período entre 2017 e 2021. E, embora o IBGE ainda não tenha disponibilizado os dados referentes ao autismo incluídos no Censo de 2022, os médicos acreditam ser possível espelhar o mesmo cenário por aqui, e muitos deles têm a percepção de que há mais procura pelo diagnóstico.

Afinal, por que houve aumento de casos de autismo?

Um primeiro caminho para entender essa alta nos casos poderia ser, por exemplo, o fato de ser cada vez mais comum ter filhos após os 35 anos. Porém, ainda que possam ser considerados fatores ambientais, não é seguro apontar nenhum responsável isolado para o aumento de casos de autismo.

A principal explicação é simples: maior conscientização sobre o autismo. Isso inclui:

  • mais acesso a diagnóstico;
  • formação de profissionais capazes de detectar o TEA;
  • pais, professores e pediatras mais conscientes e informados para levantar as primeiras suspeitas;

Como é feito o diagnóstico

É comum que o diagnóstico de autismo seja feito antes dos três anos de idade por psicólogos, psiquiatras, neuropsicólogos e outros profissionais da saúde, com base em observações da criança, entrevistas com os pais e aplicação de instrumentos específicos.

É fundamental que pais e responsáveis estejam atentos aos sintomas e que busquem orientação profissional em caso de suspeitas.

Confirmado ou não o diagnóstico, é preciso compreender o universo do autista para que ele seja o universo de todos. Confira no informativo:

https://youtu.be/b3PpfAC5hvA

Para mais informações e dicas de saúde, acompanhe nosso blog e siga nossas redes sociais.