As hepatites virais são infecções que atingem o fígado, causam alterações que vão de leves a moderadas e são classificadas em A, B, C, D  e E. A seguir, apresentamos cada uma delas e as formas de prevenção. Confira!

O que são hepatites virais?

Como o próprio nome indica, são infecções no fígado causadas por vírus. Como o fígado é um órgão muito importante, que atua na desintoxicação do organismo, as consequências da doença podem ser graves.

As hepatites virais são classificadas pelas letras A, B, C, D (Delta) e E, sendo que as três primeiras são as mais comuns no Brasil. Embora já existam vacinas disponíveis contra as hepatites A e B, é importante conhecer cada uma delas e as formas de prevenção.

Quais são os tipos de hepatites virais?

Hepatite A

  • Transmissão: o vírus da hepatite A é transmitido por meio do contato de fezes com a boca, e é muito presente em locais com baixos níveis de saneamento básico e baixa higiene pessoal. Também é transmitido por contato pessoal próximo e contato sexual.
  • Sintomas: no início, a doença costuma dar sinais como fadiga, mal-estar, febre, dores musculares e, posteriormente, enjoo, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia chegando até   urina escura e icterícia (pele e os olhos amarelados). É bom lembrar que nem sempre a hepatite A apresenta sintomas, por isso, é necessário realizar exames de rotina.
  • Prevenção: além da vacina, que já consta no calendário de vacinação do Brasil, é preciso tomar medidas simples no dia a dia, como lavar sempre as mãos, consumir água tratada e evitar locais com esgoto a céu aberto.
  • Tratamento: não há nenhum tratamento específico para hepatite A, é o médico quem vai avaliar os medicamentos mais recomendados para aliviar os sintomas e repor fluídos. É importante evitar a automedicação para não sobrecarregar ainda mais o fígado.

Hepatite B

  • Transmissão: a infecção pelo vírus da hepatite B é o mais comum no mundo e acontece quando há contato com sangue, sêmen ou outros fluidos de uma pessoa infectada. Ou seja, contato sexual desprotegido, compartilhamento de agulhas e objetos cortantes contaminados. Outra forma de contágio é da mãe para o bebê, durante a gravidez, o parto ou a amamentação.
  • Sintomas: como a doença não apresenta sintomas na maioria dos casos, e é muito comum que só se manifestem décadas depois. Os principais sinais são similares a outras doenças do fígado, como cansaço, tontura, enjoo, vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados.
  • Prevenção: mesmo com a vacina disponível, é recomendado usar preservativo em todas as relações sexuais e não compartilhar objetos como lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicate e materiais de manicure, tatuagem e piercing e equipamentos para uso de drogas. Além disso, a ausência de sintomas no início da doença exige a testagem frequente da população.
  • Tratamento: a hepatite B pode se desenvolver da forma aguda (quando tem curta duração) ou crônica (quando dura mais de seis meses), e nenhuma das duas tem cura. Logo, os tratamentos tem o objetivo de evitar a piora da doença e de complicações como cirrose e câncer hepático.

Hepatite C

  • Transmissão: a hepatite C acontece por meio do contato com sangue contaminado, e de 60% a 85% dos casos se tonam crônicos.
  • Sintomas: cerca de 80% das pessoas não apresenta qualquer sintoma, o que torna a doença tão perigosa, e sua testagem em massa tão necessária.
  • Prevenção: não compartilhar objetos que possam ter entrado em contato com sangue (seringas, agulhas, alicates, escova de dente, etc); usar preservativo; não compartilhar quaisquer objetos utilizados para o uso de drogas e; em caso de gestantes, realizar os exames para detectar as hepatites B e C, HIV e sífilis no pré-natal.
  • Tratamento: é feito com antivirais de ação direta com duração de 8 a 12 semanas e tem taxas de cura de mais 95%.

Hepatite D

  • Transmissão: a hepatite D é uma coinfecção da hepatite B e é considerada a forma mais grave de hepatite viral crônica. Logo, a infecção também acontece por meio de contato com sangue, sêmen ou outros fluidos de pessoas infectadas.
  • Sintomas: da mesma forma que as outras, a do tipo D pode não apresentar sintomas ou sinais da doença.
  • Prevenção: contra a hepatite D, valem os mesmos cuidados para prevenir a hepatite B.
  • Tratamento: embora os medicamentos não atinjam a cura da hepatite D, eles têm como objetivo controlar os danos ao fígado.

Hepatite E

  • Transmissão: muito pouco comum no Brasil, o vírus da hepatite E é transmitido pela via fecal-oral, em locais com infraestrutura sanitária frágil (assim como a hepatite A), consumo de carne mal cozida e produtos derivados de animais infectados, transfusões de sangue e da mulher grávida para o bebê.
  • Sintomas: nem sempre presentes, os principais sintomsa são fadiga, mal-estar, febre, dores musculares, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia, urina escurecida icterícia.
  • Tratamento: assim como a hepatite A, a do tipo E não tem tratamento específico, e sim formas de amenizar os danos ao fígado.

Agora, que você já sabe como evitar e identificar todos os tipos de hepatite, assista ao vídeo sobre o tema:

E confira nossa campanha completa sobre hepatites.

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