LABIRINTO
Segundo o dicionário Oxford
Languages, trata-se de:
1.
vasta construção onde uma rede de salas e galerias se entrecruzam de tal maneira que fica difícil encontrar a saída.
2.
emaranhado de caminhos.
Tendo essas definições em vista, não é difícil concluir que um labirinto não é um dos melhores lugares para se entrar.
Mas seja pela aventura, ou por outros motivos, às vezes entramos em labirintos.
PORTAS ABERTAS PARA
UM VELHO, CONHECIDO E PERIGOSO LABIRINTO
Com os danos psicológicos, como ansiedade e depressão, causados pela pandemia da Covid 19, um velho, conhecido e perigoso labirinto acabou recebendo ainda mais pessoas do que costumava receber antes: o labirinto do consumo de álcool e drogas.
Ao todo, segundo indicou a edição especial da Global Drug Survey sobre a Covid-19, o Brasil registrou um aumento de 17,2% no consumo de maconha e 13,5% no consumo de álcool em 2020.
Os dados da pesquisa ainda apontam um salto de 7,4% no uso de cocaína e de 12,7% no uso de remédios para ansiedade, como Diazepam e Clonazepam.
Outra pesquisa, essa realizada pelo Instituto Brasileiro do Fígado (Ibrafig), mostra que 55% da população brasileira tem o hábito de consumir bebidas alcoólicas, sendo que 17,2% declara aumento do consumo durante a pandemia, associado a quadros de ansiedade graves por conta do isolamento social.
Aí que mora o perigo…
POR DENTRO
DO LABIRINTO
Todos nós sabemos que vivemos tempos difíceis quanto à saúde mental – e não é só pelo advento da pandemia. Mas barulho não se cura com barulho. E problemas podem ficar ainda maiores quando tratados com o remédio errado.
Você sabia que, por exemplo, a cirrose hepática ultrapassou o número de mortes por embriaguez ao volante e se tornou a principal causa de mortes atribuída ao álcool no país? Esse é só um dos danos, em nível mais crítico, que o vício pode acarretar, mas existem muitos outros prejuízos em diversos níveis, como o distanciamento das pessoas que mais te amam.
O pior é que, assim como qualquer labirinto, sair não é nada fácil. Mas é possível!
SAINDO DO LABIRINTO
Um estudo da Universidade Duke mostrou que mais de 40% das nossas ações diárias não eram decisões reais, mas hábitos. Ao longo do tempo, os hábitos têm muita influência na nossa saúde, produtividade e felicidade.
Para sair desse labirinto, você deve mudar a rotina, buscando uma recompensa semelhante à que vinha tendo antes.
Segundo o jornalista americano Charles Duhigg, autor do livro O Poder do Hábito (que ficou por mais de vinte semanas entre os mais vendidos do The New York Times), um fumante, por exemplo, só vai largar o vício quando encontrar alguma atividade para substituir o cigarro que proporcione um “prêmio” parecido com o de antes.
Ele complementa dizendo que alguns hábitos podem causar uma reação em cadeia. É o caso da atividade física, que leva à mudança de outros padrões.
Ao se movimentar, você come melhor, acorda mais cedo, fica menos estressado, mais paciente… Ou seja, o exercício é um hábito-chave que desencadeia uma mudança generalizada.
As saídas existem.
E as possibilidades podem ser incríveis.
