Se você é da turma que ainda se confunde com os termos “HIV” e “aids” ou acha que são sinônimos, esse artigo é para você. Os termos têm significados diferentes e usá-los de maneira incorreta pode causar bastante confusão, uma vez que nem toda pessoa que tem HIV tem aids. Que tal entender melhor de uma vez por todas a diferença entre HIV e aids? Confira a seguir!

O que é HIV?

HIV é a sigla de Human Immunodeficiency Virus (Vírus da Imunodeficiência Humana, em português). É um vírus que ataca o sistema imunológico e faz com que ele não consiga se defender de outras infecções. Seu alvo principal é o linfócito T-CD4+, responsável por memorizar os microrganismos que já infectaram o corpo para poder reconhecê-los e destruí-los.

Ao se infectar com HIV, a pessoa nem sempre desenvolve aids, mas viverá com ele por toda sua vida, já que ainda não existe cura. Porém existem tratamentos com medicamentos antirretrovirais (ARV) para controlar a multiplicação do HIV no organismo, evitando o enfraquecimento do sistema imunológico e prevenindo a evolução para a aids. Além disso, o tratamento possibilita a redução do vírus a ponto deste ficar suprimido/indetectável e ser intransmissível.

Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou um novo medicamento para o tratamento de HIV que combina duas diferentes substâncias em um comprimido. As substâncias já eram utilizadas, mas agora elas são usadas em apenas uma dose diária, em apenas um comprimido, facilitando o tratamento e a adesão dos pacientes.

O que é aids?

Conforme a infecção pelo HIV avança, o sistema imunológico se enfraquece, até que ele não consegue mais combater os agentes infecciosos, se transformando em aids, que é a sigla de Acquired Immune Deficiency Syndrome (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, em português).

Mas não pense que é rápido, pelo contrário, o vírus pode levar de 30 a 60 dias só para começar a produzir anticorpos anti-HIV e os primeiros sintomas se assemelham aos da gripe. Por isso, podem passar despercebidos. Até que o HIV enfraqueça o organismo a ponto de não conseguir combater novas doenças, pode levar anos e, até lá, ele fica assintomático.

Os sintomas começam devagar: febre diarreia, emagrecimento e suores noturnos. Depois, eles vão se desenvolvendo e podem surgir alterações na pele, infecções bacterianas graves múltiplas, diarreia crônica, entre outros.

Com o tempo, se a pessoa não sabe da infecção ou não segue o tratamento, pode contrair doenças como hepatites virais, pneumonia, tuberculose e alguns tipos de câncer.

Resumindo, pode-se dizer que a diferença entre HIV e aids é que a aids é uma doença que pode ou não ocorrer com a evolução do HIV. Por isso, é importante diagnosticar o mais cedo possível e controlar a carga viral.

Existe tratamento preventivo para HIV?

A forma mais eficiente de prevenção do HIV é a utilização de preservativos e ações como utilização de seringas e agulhas descartáveis e de luvas para manipulação de feridas e líquidos corporais.

Em situações de risco como, por exemplo, trabalhadores/as do sexo e relações sorodiferentes (quando uma pessoa está infectada pelo HIV e a outra não), também existe a possibilidade de uso da PrEP (Profilaxia Pré-Exposição ao HIV), que reduz a possibilidade da pessoa se infectar com o vírus.

Mas, vale lembrar que ela não previne gravidez e outras infecções sexualmente transmissíveis como clamídia, gonorreia, sífilis, HPV e hepatites. Por isso, a recomendação é continuar com o uso da camisinha.

Existe também a PEP (Profilaxia Pós-Exposição), que pode ser usada caso tenha tido um possível contato com o vírus como em relações sexuais desprotegidas, violência sexual ou acidente ocupacional com contato direto com material biológico. Para que funcione, esse tratamento deve ser utilizado em até 72 horas e dura 28 dias. Ele também não substitui o uso de preservativos.

O HIV também pode ser transmitido durante a gestação, trabalho de parto, parto e amamentação, quando a mãe é HIV-positiva. Nesses casos, o uso de antirretrovirais podem ajudar a prevenir o contágio do bebê pela chamada transmissão vertical.

Quando fazer o teste de HIV?

O teste de HIV deve ser realizado regularmente, principalmente se você fizer sexo sem camisinha. Porém, ele conta com um período chamado de janela diagnóstica, que é o tempo que o vírus leva para se tornar detectável. Sendo assim, quando houver resultado negativo, mas a suspeita ainda existir, deve-se realizar um novo teste em, pelo menos, 30 dias.

Atualmente, já existe o autoteste, que você pode encontrar gratuitamente ou comprar em farmácias físicas e online. Ele pode ser feito em casa mesmo, basta seguir corretamente as informações da bula.

Agora que você já sabe a diferença entre HIV e aids, confira nossa campanha e entenda porque a prevenção nunca sai de moda!