As doenças crônicas podem prejudicar a qualidade de vida das pessoas e exigem um cuidado médico regular para controlar os sintomas e prevenir complicações. Porém, a medicina e a tecnologia estão sempre evoluindo e criando novas possibilidades de tratamento para quem convive com essas condições de saúde.

Neste artigo, você vai conhecer alguns exemplos de doenças crônicas e as novidades que estão sendo desenvolvidas para combatê-las. Acompanhe!

O que são doenças crônicas?

As doenças crônicas são aquelas que não se resolvem com o tempo e que não têm uma solução definitiva na maioria dos casos. Elas podem ser causadas por agentes infecciosos, como vírus ou bactérias, ou não. Alguns exemplos de doenças crônicas são: diabetes, hipertensão, asma, AIDS, lúpus, Alzheimer, entre outras.

Quais são as doenças crônicas com novidades em tratamentos?

Existem muitas doenças crônicas que estão recebendo novidades em tratamentos graças à tecnologia e à inovação. Abaixo, listamos algumas delas.

Alzheimer

O Alzheimer é uma doença crônica que atinge o cérebro, provocando perda de memória, demência e outros problemas cognitivos. No Brasil, existe um novo exame de sangue que pode detectar o risco de ter a doença, procurando por uma proteína que se acumula no cérebro de quem tem Alzheimer.

O diagnóstico precoce da doença de Alzheimer ajuda a escolher as melhores intervenções clínicas para o paciente, melhorando o seu prognóstico. Por isso, essa é uma grande novidade.

Outra boa notícia é que, em julho de 2023, a farmacêutica Eli Lilly divulgou os resultados da última fase de testes clínicos de um remédio experimental contra a doença de Alzheimer. O remédio, um anticorpo monoclonal chamado donanemabe, conseguiu reduzir o declínio cognitivo em até 60% nas pessoas tratadas nos primeiros estágios da doença.

Os resultados foram publicados na revista científica Journal of the American Medical Association (JAMA) em julho de 2023.

Fibromialgia

A fibromialgia é uma doença crônica que provoca dores generalizadas nos músculos, tendões e ligamentos, além de cansaço, problemas de sono e alterações de humor. Em 2020, pesquisadores da USP desenvolveram um novo tratamento para a fibromialgia, chamado de fotossônico.

Esse tratamento usa um aparelho que combina ultrassom e laser terapêutico de baixa intensidade, que são aplicados no ponto sensível do músculo trapézio, perto do ombro. Os resultados têm sido muito positivos.

Outra forma de tratamento que tem sido estudada é o uso de laser. Em especial, o laser superpulsado se mostrou eficiente para diminuir a dor em pacientes com doenças como artrose do joelho, lombalgia crônica e disfunção temporomandibular.

Um ensaio clínico com 160 mulheres com a doença mostrou que o tratamento com laser superpulsado reduziu em 50% o número de pontos dolorosos, enquanto os exercícios reduziram em 25%, e a combinação dos dois, em 85%.

Lúpus

O lúpus é uma doença autoimune que faz com que o sistema imunológico ataque as próprias células do corpo, causando inflamação e lesão em diversos órgãos, como pele, articulações, rins, cérebro e pulmões. Um novo tratamento para o lúpus foi aprovado recentemente, baseado em um anticorpo monoclonal, ou seja, um anticorpo produzido em laboratório.

Esse anticorpo, chamado de anifrolumabe, se liga aos receptores das células que receberiam um tipo de interferon, o tipo 1. O interferon tipo 1 é uma substância que estimula a inflamação e a gravidade da doença. Ao bloquear os receptores, o anifrolumabe impede que o interferon tipo 1 atue, reduzindo assim a inflamação e os sintomas do lúpus.

Esse tratamento é indicado para os pacientes que não respondem aos outros medicamentos disponíveis. Embora esses casos sejam uma minoria entre os que têm a doença, são os mais graves e que podem levar à morte por falta de tratamento adequado.

Acesso aos novos tratamentos para doenças crônicas

Os avanços na medicina e na tecnologia trazem esperança para as pessoas que sofrem de doenças crônicas. No entanto, é preciso ter cautela e critério ao buscar esses novos tratamentos, pois muitos deles ainda estão em fase de pesquisa ou não estão disponíveis no Brasil.

Além disso, alguns desses tratamentos podem ter efeitos colaterais indesejados ou não ser adequados para todos os pacientes. Por isso, a recomendação é sempre consultar um médico especialista, que poderá orientar sobre as melhores opções de tratamento para cada caso, levando em conta os benefícios, os riscos e a acessibilidade.

Para saber mais sobre o Alzheimer, o lúpus e a fibromialgia, confira nossa campanha “Não tem cura, tem cuidado”:

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